São José com o lírio branco e o menino Jesus

Sobre a Obra

São José com o lírio branco e o menino Jesus

Pai extremoso de Jesus

O Pai Celestial convida José a participar, de modo especial, de sua eterna paternidade. O Filho de Deus e de Maria será confiado aos seus cuidados paternais e Se dirigirá a José como a um “pai”.

Papa São João Paulo II

    São José, Patriarca da Igreja Universal – Basílica do Sagrado Coração, Valência

Sagrada Família – Museu Nacional do Vice-Reino, Tepotzotlán (México)

Ele Me invocará: Vós sois meu Pai” (Sl 89, 27). É bastante rica a Palavra de Deus que a Liturgia nos propõe nesta solenidade de São José. 

Apresenta-nos ela as palavras do Evangelho de São Lucas, mas inspira-se também no grande tesouro do Antigo Testamento, de modo especial no Segundo Livro de Samuel e no Livro dos Salmos.

Há entre a Antiga e a Nova Aliança um íntimo vínculo, que é demonstrado por São Paulo, de modo claro e profundo, no trecho da Epístola aos Romanos lido pouco antes.

Quem é esse que, segundo as palavras do Salmo, brada: “Vós sois meu Pai”? É Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo.

Incessante súplica de Jesus ao Pai

Antes, porém, que essas palavras fossem pronunciadas por Jesus de Nazaré, o salmista as havia exprimido no contexto da Aliança concluída por Javé com seu povo. São, portanto, palavras dirigidas ao Deus da Aliança. Eis que, dirigindo-Se precisamente a Deus, que é o rochedo da salvação do homem, Jesus proclama: “Vós sois meu Pai”! Utilizando a expressão da máxima confiança de um filho para com seu pai, diz: “Abba”, meu Pai!

Abba, meu Pai! Assim chama Jesus o Pai que está nos Céus, e torna possível também a nós dirigirmo-nos do mesmo modo Àquele do qual Ele é o Filho consubstancial e eterno. Jesus nos autoriza a nos exprimirmos deste modo, a orarmos assim ao Pai.

A Liturgia de hoje nos introduz de maneira significativa na oração que o Filho de Deus apresenta incessantemente ao Pai Celeste.

Participação de José na paternidade do Padre Eterno

Ao mesmo tempo, da sua invocação orante que põe em foco a paternidade de Deus, emerge, de algum modo, um singular desígnio salvífico concernente ao homem chamado José, a quem o Padre Eterno confiou uma peculiar participação em sua própria paternidade.

“José, filho de Davi, não temas receber Maria por Esposa, pois o que n’Ela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo de seus pecados” (Mt 1, 20-21). Com estas palavras, o Pai Celestial convida José, descendente da estirpe de Davi, a participar de modo especial de sua eterna paternidade.

O Filho de Deus, Filho de Maria, concebido por obra do Espírito Santo, viverá ao lado de José. Será confiado aos seus cuidados paternais. Dirigir-se-á a José – um ser humano – como a um “pai”.

José, “teu pai”

Quando Jesus tinha apenas doze anos, não disse porventura sua Mãe, no Templo de Jerusalém: “Filho, por que procedeste assim conosco? Eis que teu pai e Eu Te procurávamos cheios de aflição” (Lc 2, 48). Ao falar de José, Maria usa a expressão “teu pai”.

Bem singular foi a resposta do Menino Jesus aos seus pais, naquela ocasião: “Por que Me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-Me das coisas de meu Pai?” (Lc 2, 49). Jesus revela assim a verdade profunda de sua filiação divina: a verdade concernente ao Pai, o qual “de tal modo amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo aquele que n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16).

Aquele ao qual o Padre Eterno confiou seu Filho estende sua proteção também sobre o Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja

Jesus Menino responde a Maria e a José: “Devo ocupar-Me das coisas de meu Pai”. Embora à primeira vista estas palavras pareçam sombrear a “paternidade” de José, na realidade elas a evidenciam mais ainda como extremosa paternidade do singular “descendente de Davi”, José de Nazaré.

Protetor da Igreja

Eis, caríssimos irmãos e irmãs, o ponto central da solenidade litúrgica de hoje: a extremosa paternidade de São José. Ele é o guardião e o protetor que, juntamente com a vocação de pai putativo do Redentor, recebeu da Divina Providência a missão de proteger seu crescimento em sabedoria, idade e graça.

Nas ladainhas a ele dedicadas, nós o invocamos com títulos maravilhosos. Chamamo-lo “Ilustre filho de Davi”, “Luz dos patriarcas”, “Esposo da Mãe de Deus”, “Casto guarda da Virgem”, “Sustentador do Filho de Deus”, “Zeloso defensor de Cristo Jesus”, “Chefe da Sagrada Família”.

Com uma expressão que sintetiza bem a verdade bíblica a seu respeito, nós o invocamos como “Protetor da Santa Igreja”. Trata-se de uma invocação profundamente radicada na revelação da Nova Aliança. A Igreja é, de fato, o Corpo de Cristo. Não era, então, lógico e necessário que aquele ao qual o Padre Eterno confiou seu Filho estenda sua proteção também sobre esse Corpo de Cristo que – conforme o ensinamento do Apóstolo Paulo – é a Igreja? […]

“Vós sois meu pai”… José fidelíssimo, a vós nos dirigimos. Não cesseis de interceder por nós; não cesseis de interceder por toda a família humana!

Excertos de: SÃO JOÃO PAULO II.

Homilia, 19/3/1993

A voz do Filho ao Pai

Nas Escrituras, Jesus chama Deus de “Pai” com profunda intimidade, dizendo “Abba, meu Pai”.

Essa expressão, antes usada no Antigo Testamento, é agora plenamente realizada por Jesus, o Filho eterno do Pai.

A oração de Jesus e nossa oração

Ao rezar assim, Jesus nos convida a também chamarmos Deus de Pai.

A Liturgia nos convida a entrar nessa oração de confiança que Jesus dirige continuamente ao Pai.

Um homem escolhido por Deus

No plano de Deus, aparece uma figura silenciosa e fiel: José.

Deus o escolheu para cuidar de Maria e de seu Filho Jesus.

O anjo diz a José: “Não temas receber Maria, o que nela foi concebido vem do Espírito Santo”.

José: pai diante do Filho de Deus

Jesus vive com José e o chama de pai.

Quando Jesus se perde no Templo, Maria diz: “Teu pai e eu te procurávamos aflitos”.

Embora Jesus lembre que deve cuidar das coisas do seu verdadeiro Pai (Deus), ele reconhece e vive sob os cuidados de José.

A missão de José

José recebe de Deus a missão de proteger, sustentar e guiar Jesus na infância.

Sua paternidade é verdadeira, mesmo sendo diferente da divina: é extremosa, dedicada, cheia de amor e responsabilidade.

José e a Igreja

Assim como cuidou do Corpo de Cristo (Jesus), José também cuida hoje da Igreja, que é o novo Corpo de Cristo.

Por isso, ele é chamado “Protetor da Santa Igreja”.

Um modelo para todos nós

São José é exemplo de fidelidade, silêncio, confiança e ação.

A ele recorremos com confiança, pedindo: “José fidelíssimo, intercedei por nós e por toda a família humana”.

Fonte: Pai extremoso de Jesus – Revista Arautos do Evangelho – RAE267 – Março de 2024

Link: https://revista.arautos.org/pai-extremoso-de-jesus/

Um homem justo e fiel

São José era noivo de Maria e, ao saber de sua gravidez, ficou profundamente angustiado.

Como era justo e obediente à Lei de Deus, decidiu abandoná-la em segredo para não a expor à vergonha ou à morte por apedrejamento, como dizia a lei judaica.

Durante o sono, José recebeu a visita do Arcanjo Gabriel, que explicou que o filho de Maria era obra do Espírito Santo.

O anjo mandou que ele acolhesse Maria e fosse o pai terreno do Menino Jesus. José, obediente, aceitou a missão.

Em outro sonho, o anjo alertou José que Herodes queria matar o Menino.

José fugiu com Maria e Jesus para o Egito, onde viveram por cerca de quatro anos, até que o anjo apareceu de novo, dizendo que poderiam voltar, pois Herodes havia morrido.

A Sagrada Família voltou para Nazaré e viveu com simplicidade.

José era carpinteiro, ensinou esse ofício a Jesus e sustentava a família com muito esforço e amor.

Eles viviam na oração, na fé e na obediência à vontade de Deus.

São José foi um pai presente, ensinando a Jesus valores como justiça, amor, trabalho e obediência.

Mesmo sabendo que Jesus era o Filho de Deus, José o tratava como um verdadeiro filho, sendo seu exemplo humano mais próximo.

Após a passagem de Jesus no templo aos doze anos, José não é mais mencionado nas Escrituras, o que indica que possivelmente faleceu antes da vida pública de Jesus.

Viveu em silêncio, mas com grande missão e santidade, sendo modelo de obediência silenciosa à vontade de Deus.

São José é considerado Patrono Universal da Igreja, protetor dos trabalhadores e modelo das famílias cristãs.

Ele é símbolo da pureza (representada pelo lírio que carrega em imagens) e da confiança total na providência divina.

O Papa Francisco tem grande devoção a São José, especialmente na figura de “São José dormindo”, momento em que Deus lhe revelava Sua vontade.

Neste tempo de desafios, José nos ensina a escutar, confiar, amar e servir com humildade.

No dia 19 de março, celebramos a sua festa com alegria e oração.

Pedimos sua intercessão por nossas famílias, vocações, trabalhadores, agricultores e por todos que carregam seu nome.

Que São José nos ajude a seguir a vontade de Deus com fé, silêncio e amor, assim como ele fez.

Fonte: São José, patrono da Igreja

Link: https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2020-03/sao-jose-patrono-da-igreja.html

 A Coragem e a Fé de São José

Sua fidelidade, aquela capacidade de confiar mesmo quando tudo parece difícil e de permanecer firme por amor aos que estão ao seu lado.

E seguimos refletindo agora sobre sua coragem e força interior.

José nos ensina que ser corajoso não é sair por aí fazendo barulho.

Às vezes, a verdadeira coragem está em ficar, em proteger, em assumir o que Deus coloca em nossas mãos com amor e responsabilidade, mesmo sem entender tudo.

O Papa Francisco falava muito sobre isso.

Ele diz que São José teve uma “coragem criativa”.

Diante das dificuldades, ele não fugiu. Pelo contrário: buscou caminhos, escutou a voz de Deus e confiou.

Mesmo sem saber como tudo ia terminar, ele deu um passo de cada vez, com fé.

E é justamente isso que Deus espera de nós também: que sejamos como José não perfeitos, mas disponíveis e confiantes.

Deus poderia ter feito tudo sozinho.

Mas escolheu José para cuidar de Maria e de Jesus.

Confiou em um homem simples, trabalhador, sem fama, que só aparece poucas vezes na Bíblia.

Mas que, por trás dos bastidores, foi essencial.

É bonito pensar que Deus também confia em nós assim mesmo quando achamos que estamos “em segundo plano”.

Ao preparar a consagração a São José, somos chamados a alguns gestos concretos: nos confessar, ir à missa, comungar, e, se possível, rezar diante do Santíssimo Sacramento.

Mas mais do que cumprir etapas, o que importa é o desejo sincero de nos entregar a Deus como José se entregou, com o coração aberto e disposto.

No fim, São José nos ensina a viver com profundidade, silêncio e amor.

Ele nos mostra que mesmo nas situações mais difíceis, podemos escolher ser luz. Que mesmo sem saber tudo, podemos seguir confiando.

E que, mesmo sendo pequenos, podemos fazer parte de algo muito grande: o plano de Deus.

Então, quando te faltar coragem, pensa em José.

Quando estiver desanimado, lembra da fé dele.

E quando achar que não tem importância, lembra que foi a partir do “sim” silencioso de um carpinteiro que o Filho de Deus pôde crescer e ser acolhido neste mundo.

São José, fortíssimo, rogai por nós!

Acolher São José como Pai Espiritual

Aceitar São José como nosso pai espiritual é mais do que reconhecer que ele foi pai de Jesus e patrono da Igreja.

É permitir que ele ocupe um lugar em nosso coração, como alguém que cuida de nós, que caminha conosco, que nos guia e nos protege assim como fez com Jesus.

Antes da consagração, somos convidados a dar esse passo: não só admirar São José, mas acolhê-lo pessoalmente, de forma íntima e verdadeira, como um pai espiritual que deseja nos conduzir para mais perto de Deus.

O Poder da Presença de um Pai

A presença de um pai fiel, firme e amoroso transforma vidas.

Um pai que permanece, mesmo diante das tempestades, transmite à sua família uma certeza silenciosa, porém profunda:

“Vale a pena lutar por vocês.”

Essa presença traz segurança.

Ajuda a afastar o medo da rejeição e cura feridas antigas. A verdadeira força de um pai faz com que os corações ao seu redor descansem, floresçam e se abram ao amor.

Deus Pai e São José: Dois Corações Unidos no Amor.

Deus é o Pai perfeito.

Antes mesmo de existirmos, Ele já nos amava.

Criou o mundo para nós, pensou em cada detalhe e permanece atento, cuidando de tudo com infinito carinho.

Foi Ele quem entregou a vida de São José a Jesus e, por extensão, também a nós.

Nos Evangelhos, vemos José como um homem silencioso e forte, que enfrentou com fé os mistérios da gravidez de Maria, protegeu sua família na fuga para o Egito e foi presença constante na vida oculta de Jesus em Nazaré.

Ele não apenas ensinou com palavras, mas, sobretudo, com gestos: sua obediência, sua humildade, sua fidelidade.

Fonte: Aplicativo Hallow

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