
Cristo das Bençãos – Senhor da Glória – O Salvador em seu Trono – Monastério de Zerbitsis – Lacônia

Cristo das Bençãos – Senhor da Glória – O Salvador em seu Trono – Monastério de Zerbitsis – Lacônia – detalhe
E por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia algo semelhante a um trono que parecia de pedra de safira; e sobre esta espécie de trono havia uma figura semelhante à de um homem, na parte de cima, sobre ele.
E vi-a como a cor de âmbar, como a aparência do fogo pelo interior dele ao redor, desde o aspecto dos seus lombos, e daí para cima; e, desde o aspecto dos seus lombos e daí para baixo, vi como a semelhança de fogo, e um resplendor ao redor dele.
Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor.
Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isto, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava. (Ez 1, 26-28)
Visão de Ezequiel uma perspectiva cristã:
“Os querubins têm quatro faces, e suas faces são imagens da atividade do Filho de Deus.
Pois o primeiro ser vivente, diz-se, era semelhante a um leão, significando seu caráter ativo, principesco e real; o segundo era semelhante a um boi, mostrando sua ordem sacrificial e sacerdotal; o terceiro tinha o rosto de um homem, indicando muito claramente sua vinda em forma humana; e o quarto voava como uma águia, tornando evidente a dádiva do Espírito que paira sobre a Igreja.
Ora, os Evangelhos, nos quais Cristo está entronizado, são semelhantes a estes.
João expõe seu nascimento principesco, poderoso e glorioso do Pai, dizendo:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, e “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada se fez”.
Portanto, este Evangelho é digno de toda a confiança, pois tal é, de fato, a sua pessoa. Este, segundo Lucas, tem um caráter sacerdotal, e começou com o sacerdote Zacarias oferecendo incenso a Deus.
Pois o bezerro cevado já estava sendo preparado para ser sacrificado em troca do filho mais novo. Mateus proclama seu nascimento humano, dizendo: “O livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão”, e “O nascimento de Jesus Cristo foi desta maneira”.
Este Evangelho é semelhante ao homem, e assim, em todo o Evangelho, Cristo aparece como um homem de mente humilde e gentil.
Mas Marcos toma seu início a partir do Espírito profético que vem sobre as pessoas do alto, dizendo: “O princípio do evangelho de Jesus Cristo, como está escrito no profeta Isaías”, mostrando uma imagem alada do Evangelho.
Portanto, ele tornou sua mensagem concisa e imediata, pois tal é o caráter profético.” – Irineu de Lion, Contra as Heresias 3, 11, 8
Cristo Rei dos Anjos:
O Cristo é chamado pela hinografia ortodoxa como “Rei dos Anjos”, Cristo sendo Deus ele se assenta sobre todas as potestades incorpóreas.
Na visão de Ezequiel, Cristo se assenta como um Rei sobre um Trono celeste sobre os 4 seres viventes, este Ícone de tipo Pantocrator representa a majestade do Cristo como Senhor de toda a Criação.
Este ícone possuí uma variante conhecida como “Senhor da Glória”, onde ao invés dos 4 seres viventes, Cristo se assenta sobre todas potestades celestes, no nível abaixo se encontram os Tronos (seres em forma de roda com olhos), após eles na Hierarquia se encontram os Querubins que guardam o trono de Deus e ladeando o Cristo.
No alto Serafins circulam o Cristo em forma de arco, louvando a Deus em sua majestade onipotente.
Fonte: Texto autoral produzido por Ian Nezen
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