Sobre a Obra

São José e o menino Jesus

Oração São José

Consagração a São José – aplicativo Hallow

José, descendente da Casa de Davi e herdeiro das antigas promessas divinas, recebeu títulos grandiosos na história da salvação, mas viveu com profunda simplicidade e humildade.

Mesmo sendo o depositário da linhagem messiânica, não buscou honras humanas, revelando-se como o pai virginal de Jesus e exemplo de grandeza discreta, enraizada na obediência e no silêncio.

Na iconografia, São José é frequentemente representado com uma simples vara adornada apenas por lírios, símbolo de sua pureza.

Diferente dos patriarcas e profetas que realizaram feitos com seus cajados, como Moisés e Zacarias, ou dos governantes que ostentavam cetros luxuosos, José se destaca justamente pela simplicidade de seu bastão.

Ainda assim, essa humildade não diminui sua glória, pois seu bastão simboliza a missão singular que Deus lhe confiou na história da salvação.

A vara de São José, simples e desprovida de adornos, recebeu de Deus uma honra insondável, tornando-se testemunha silenciosa de mistérios sublimes.

Sua grandeza não está no aspecto material, mas no valor espiritual que supera em dignidade e glória qualquer bastão luxuoso da história humana.

Se Moisés foi glorificado ao abrir o Mar Vermelho com sua vara, maior ainda foi a glória de São José, que com seu cajado conduziu a Sagrada Família na difícil travessia do deserto.

Com ele, sustentou os primeiros passos do Menino-Deus e transmitiu segurança em meio às incertezas do caminho.

É possível imaginar que, ao vê-lo com a vara em mãos, a Virgem Maria recordasse o salmo: “Estais comigo com bastão e com cajado; eles me dão a segurança” (Sl 22,4)?

Com ternura e gratidão, é de se imaginar que Jesus e Maria tenham guardado a vara de São José como preciosa relíquia após sua partida.

Nela permanecia a memória da proteção fiel com que o Santo Patriarca os guiara em tantas provações, sinal de esperança para o futuro da Igreja.

Esse bastão, que tantas vezes transmitira segurança, continuava a consolar a orfandade do Filho de Deus feito homem e a viuvez da Rainha do Universo em sua peregrinação terrena.

Embora muitos objetos da Sagrada Família tenham se perdido ao longo da história, o bastão florido de São José ainda é conservado em uma igreja dedicada a ele, em Nápoles.

Tal preservação parece fruto da Providência, que quis deixar esse sinal visível como legado da proteção vitoriosa do Patriarca.

Assim como guiou Jesus e Maria, São José continua a estender seu cuidado paternal a cada fiel que confia em sua intercessão.

No Apocalipse, o Senhor promete ao “vencedor” o poder de reger as nações com “cetro de ferro” (Ap 2,26-27).

Longe de indicar uma tirania, essa imagem simboliza a missão paterna que une autoridade e cuidado.

O cetro exprime firmeza, estabilidade e força, características próprias de um verdadeiro pai que conduz os filhos com segurança no caminho da vida.

Qual será, então, a recompensa de São José, cujas virtudes, amor, fidelidade, generosidade, paciência e perseverança (Ap 2,19), foram tão perfeitas aos olhos de Deus?

É de se supor que, tendo vencido as forças do mal junto a Jesus e Maria, ele participe ativamente da condução da história, manifestando à humanidade prodígios e proteção contínua, exercendo um poder que reflete sua união com o Divino Filho e a Santíssima Esposa.

A devoção a São José não é apenas mais uma entre tantas, mas essencial para todo aquele que deseja seguir de forma plena Jesus e Maria.

Seu cajado representa, nos nossos dias, um sinal de promessa e triunfo, assegurando que o Santo Patriarca nos conduzirá com segurança em nossa peregrinação terrena e nos socorrerá rapidamente diante de qualquer perigo.

Fonte: Revista Arautos do Evangelho, edição 267 – março de 2024

Divulgado por:

[/sayit]