Adão e Eva – Museu del Prado

Sobre a Obra

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Português

Adão e Eva (Alberto Durero, Museu do Prado, Madrid – 1507 – Óleo sobre Madeira – 209 x 81 cm e 209 x 80 cm)

Esses quadros formam um par e são para além do tema bíblico, é uma demostração de domínio do nu por parte do artista alemão, tema sobre o qual, ele escreveu vários textos teóricos.  

O seu conhecimento veio dos modelos que pôde estudar durante suas duas viagens para Veneza.

A concepção ideal desses nus, está entre os primeiros em tamanho natural da pintura germânica, contrasta com o gosto naturalista e a precisão de detalhes, qualidades que comprovam seu pertencimento a um clássico do Renascimento Italiano, cujas pinturas foram oferecidas de presente a uma escola de Felipe IV de Influência Flamenga. Ambos pela Rainha Cristina da Suécia

Os quadros de Albrecht Dürer são os primeiros nus em tamanho natural da pintura alemã e foram realizados pouco depois do seu regresso a Nuremberg, na sequência da sua segunda estada italiana, ou mesmo na própria Itália, como se pode imaginar pela indicação almanus (alemão), junto do nome e da data de 1507.

As duas assinaturas confirmam a hipótese de as duas figuras possuírem valor autônomo, nem tanto como evocações dos progenitores do Antigo Testamento, mas como protótipos de nus monumentais, classicamente inscritos no estudo das proporções anatômicas. Este par situa-se no auge da experiência italiana do artista e compete com os critérios compositivos e estilísticos adotados pelos artistas renascentistas.

Dürer abandona aqui a nervosidade seca, caligráfica e grácil, própria do desenho de tradição nórdica, e imprimi às figuras tons suaves e sensuais em claro-escuro e rítmicos quase dançantes nos passos leves e nas cabeleiras ondulantes.

O homem e a mulher, estudados no seu volume individual, recortam-se sobre o fundo escuro acompanhado de alusões a um mundo natural descrito com apaixonada atenção.

As obras não são apenas uma excelente demonstração do conhecimento de anatomia, mas também a imagem da cultura humanista do pintor: à semelhança de Leonardo, Dürer procura também a harmonia entre o homem e a natureza na participação consciente num vasto e onipresente organismo vivo.

Os dois quadros pertenceram à rainha Cristina da Suécia, que os doou ao rei da Espanha, Filipe IV. Hoje, as obras pertencem ao Museu do Prado em Madri.

Dürer foi o maior pintor e gravador alemão do Renascimento, um intelectual que participou no debate histórico, em relação direta com príncipes e imperadores, artistas e pensadores.

Os quadros estão assinados: o de Adão, abaixo à direita com o monograma do artista; e o de Eva, no cartãozinho preso ao ramo. Este fato faz pensar que foram pintadas independentemente uma da outra.

Espanhol

ALBERTO DURERO,  Adán y Eva – Museu do Pradro, Madri, 1507 | Óleo sobre tabla | 209 x 81 cm y 209 x 80 cm

Estas tablas forman pareja y son, más allá del asunto bíblico, una demostración del dominio del desnudo por parte del artista alemán, de su interés por las proporciones, tema sobre el que escribió varios textos teóricos, y de su conocimiento de los modelos pudo estudiar durante sus dos viajes a Venecia.

La concepción ideal de estos desnudos, entre los primeros de tamaño natural en la pintura germánica, contrasta con el gusto naturalista y la precisión en los detalles, cualidades que prueban su pertenencia a una clásicos del Renacimiento italiano, que pinturas fueron regaladas a Felipe IV escuela de influencia flamenca. Ambas por la reina Cristina de Suecia.