Natividade de Cristo – Karyae Monte Athos – Hieromonk Chrysostom

Sobre a Obra

Natividade de Cristo – Karyae Monte Athos – Hieromonk Chrysostom

Assista os documentários sobre o nascimento de Jesus Cristo / Watch the documentars about the the nativity of Jesus Christ:

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Visões da beata Anne Catherine Emmerich do Nascimento de Jesus Cristo:

Maria Santíssima passou o dia seguinte, o sábado, na gruta, rezando e meditando com grande devoção. De tarde José a levou, através do vale, à gruta que servira de sepulcro a Marabá, ama de Abraão. Depois, terminado o sábado, veio reconduzi-la à primeira gruta.

Maria disse a S. José que à meia-noite desse dia chegaria a hora do nascimento de seu Filho, pois teriam passado nove meses desde a anunciação pelo anjo. José ofereceu-se para chamar algumas mulheres piedosas de Belém para ajudá-la, mas Maria recusou.

Desse modo chegaram os santos pais de Jesus, guiados pela Divina Providência, ao lugar determinado pelo Padre Eterno, em união com o Filho Unigênito e o Espírito Santo, para o nascimento daquele Divino Menino, cheio de graça, que havia de tirar da terra a maldição, abrir o céu e criar um novo Eden de Deus cá na terra.

Lúcifer e os seus comparsas perderam o reino do Céu pelo orgulho, querendo ser iguais a Deus, e assim perderam os primeiros homens também o paraíso, porque o mesmo sedutor os enganou com vãos desejos de serem iguais a Deus. Por isso, a santa humildade havia de abrir de novo o caminho do Céu.

O Filho de Deus veio a este mundo ensinar, pelo exemplo, essa e todas as outras virtudes. Eis por que ele, o Rei da eternidade, quis nascer homem em um lugar onde os animais se abrigavam. Para primeiro berço escoIheu uma miserável manjedoura, na qual o gado costumava comer. Assim não lhe faltou nada da pobreza humana, mas uniu-se a Ele o esplendor da majestade divina.

A piedosa vidente continua: Quando Maria disse ao esposo que o tempo estava próximo e que a deixasse e fosse orar, José saiu, recolhendo-se ao leito, para rezar. Ao sair, voltou-se mais uma vez, para olhar a Santíssima Virgem e viu-a como que rodeada de chamas; toda a gruta estava iluminada por uma espécie de luz sobrenatural. Então entrou com santo respeito na sua cela e prostrou-se por terra, para orar.

Vi o esplendor em volta da Santíssima Virgem crescer mais e mais. Ela estava de joelhos, coberta de um vestido largo, estendido em redor, sem cinto. A meia-noite ficou extasiada e levantada acima do solo: tinha os braços cruzados sobre o peito. Não vi mais o teto da gruta; uma estrada de luz abria-se por cima dela, até o mais alto Céu, com crescente esplendor. Maria, porém, levantada da terra em êxtase, olhava para baixo, adorando o seu Deus, cuja Mãe se tornara e que jazia deitado por terra, diante dela, qual criancinha nova e desamparada.

Vi o nosso Salvador qual criancinha pequenina, resplandecente, cujo brilho excedia a toda a luz na gruta, deitado no tapete, diante dos joelhos de Maria. Parecia-me que era muito pequeno e crescia cada vez mais, diante dos meus olhos. Depois de algum tempo vi o Menino Jesus mover-se e ouvi-o chorar. Foi então que Maria voltou a si. Tomou a criancinha e, cobrindo-a com um pano, apertou-a ao peito. Assim se sentou, envolvendo-se, com o Filhinho, no véu.

Então vi em redor anjos em forma humana, prostrados em adoração diante do Menino. Cerca de uma hora após o nascimento, Maria chamou S. José, que ainda estava rezando.

Chegando perto, prostrou-se o esposo em frente dela, em adoração, cheio de humildade e alegria. Só de- pois que Maria lhe pediu que apertasse de encontro ao coração o santo dom de Deus, foi que se levantou, recebendo o Menino Jesus nos braços e louvando a Deus, com lágrimas de alegria.

A Santíssima Virgem envolveu então o Menino em panos e deitou-o na manjedoura, cheia de junco e ervas finas e coberta com uma manta. A manjedoura estava ao lado direito, na entrada da gruta. Os santos Pais tendo deitado o menino no presépio, ficaram-lhe ao lado, cantando salmos.

O tempo chegara à consumação: O Verbo fizera-se carne, – o Verbo Eterno e Divino do Pai Celestial Todo-Poderoso. A profecia de Isaías cumprira-se: A Virgem concebera e dera à luz um filho, cujo nome é Emanuel, “Deus Conosco”. (Is. 7, 14).

Apareceu entre nós o Messias, prometido já no paraíso e por todos os povos tão ardentemente anelado. Está deitado numa manjedoura, qual criança pobre e desamparada. Será reconhecido em tão humildes condições?

A quem se revelará pri meiro o Rei da glória? Não aos grandes e soberbos da terra! Pastores, pobres e simples, são os primeiros convidados por mensageiros celestiais à manjedoura, para adorar o Menino divino. Conta Catharina Emmerich:

“Vi três pastores, que estavam juntos, diante do rancho, admirando a maravilhosa noite; no céu vi uma nuvem luminosa, descendo para eles. Ouvi um doce canto.

A princípio se assustaram os pastores, mas de repente Ihes surgiu um Anjo, dizendo: “Não temais, anuncio-vos uma grande alegria, que é dada a todo o povo, pois nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, nosso Senhor…

Eis o sinal para conhecê-Io: achareis uma criança envolta em panos e deitada num pre sépio.” Enquanto o Anjo assim falava, aumentava o esplendor em redor e vi então cinco ou sete Anjos, grandes, luminosos e graciosos, diante dos pastores; seguravam nas mãos uma fita, como de papel, na qual estava escrita uma coisa, em letras do tamanho de um palmo: ouvi-os louvar a Deus e cantar: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”.

Os pastores na torre de vigia tiveram a mesma aparição, apenas um pouco depois. Do mesmo modo apareceram os Anjos a um terceiro grupo de pastores, perto de uma fonte, a três léguas de Belém, a leste da torre dos pastores.

Vi que os pastores não foram imediatamente à gruta; para lá chegar os três pastores tinham um caminho de uma hora e meia e os da torre o dobro. Vi também que deliberaram sobre o que deviam levar, como presente, ao Messias recém-nascido; depois buscaram as dádivas o mais depressa possível.

Ao crepúsculo da manhã chegaram os pastores, com os presentes, à gruta. Contaram a S. José o que Ihes anunciara o Anjo e que vinham para adorar o Messias. José aceitou os presentes, com humildes agradecimentos e conduziu os pastores à SS. Virgem, que estava sentada ao pédo presépio, com o Filho ao colo.

Os recém-chegados prostraram-se de joelhos diante de Jesus, segurando os cajados nos braços; choraram de alegria e permaneceram assim muito tempo, sentindo grande felicidade e doçura. Quando se despediram, deu-Ihes a SS. Virgem o Menino a abraçar. De tarde vieram outros pastores, com mulheres e crianças, trazido presentes.

Alguns dias depois do nascimento de Jesus, estando José e Maria ao lado do presépio e olhando com grande e íntima felicidade para o divino Menino, aproximou-se de súbito o jumento, e, caindo de joelhos, baixou a cabeça até o chão.

Maria e José derramaram lágrimas à vista disso.

Depois do Sábado, José chamou três sacerdotes de Belém, para a circuncisão do Menino. Estes trouxeram a cadeira da circuncisão e uma laje de pedra octogonal, na qual se encontravam os instrumentos necessários.

Ao nascer do dia teve lugar a circuncisão. Oito dias depois do nascimento do Senhor, vi que um anjo apareceu ao sacerdote, apresentando-lhe o nome de Jesus, escrito numa lousa.

O Menino Jesus chorou alto, depois da santa cerimônia. José recebeu-o do sacerdote e depositou-o nos braços da SS. Virgem.

Na tarde do dia seguinte, chegou Isabel, com um velho criado, à gruta. Houve grande regozijo. Isabel apertou o Menino ao coração. Veio também Ana, com o segundo marido e Maria Helí. Maria pôs o Menino nos braços da velha mãe, que estava muito comovida.

Maria contou-lhe também, cheia de íntima felicidade, todas as circunstâncias do nascimento. Ana chorou com Maria, acariciando durante todo o tempo o Menino Jesus.”

Fonte: Vida e Obra do Cordeiro de Deus – visões da Beata Anne Catherine Emmerich

Produzido por / Written by: MuMi – Museu Mítico

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