
O relato de Santo Atanásio da Luta de Santo Antão contra os demônios
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O relato de Santo Atanásio da Luta de Santo Antão contra os demônios
“Santo Antão ‘o Grande’: “O leão rugia, desejando atacar”
Este santo viveu durante os séculos III e IV. Foi um dos primeiros monges a retirar-se ao deserto para viver entregue ao jejum e à oração. A Igreja conhece sua história graças ao seu biógrafo Santo Atanásio.
“Quando visitávamos Santo Antão nas ruínas onde vivia escutava tumulto, muitas vozes e o choque de armas. Também viam que durante a noite apareciam bestas selvagens e o santo combatia contra elas através da oração”, conta Atanásio.
Numa certa ocasião, aos seus 35 anos, Santo Antão decidiu passar a noite sozinho numa tumba abandonada. Então apareceu ali um grupo de demônios e o feriram.
Os arranhões do demônio lhe impediram de se levantar do chão. O ermitão comentava que a dor causada por essa tortura demoníaca não podia ser comparada com nenhuma ferida causada pelo homem.
No dia seguinte, um amigo seu o encontrou e o levou ao povoado mais próximo para curá-lo.
Entretanto, quando o santo recuperou os sentidos pediu ao seu amigo que o levasse de volta à tumba. Ao deixá-lo, Santo Antão gritou:
“Sou Antão e aqui estou. Não fugirei de suas chicotadas e de nenhuma dor ou tortura me separará do amor de Cristo”.
São Atanásio relata que os demônios retornaram e ocorreu o seguinte:
Escutou-se então uma potente trovoada que sacudiu os arredores. Os demônios em seguida saíram das paredes em formas monstruosas de animais e répteis, deixando o local repleto de lobos, leões, leopardos, touros, ursos, serpentes e escorpiões, que, juntos, emitiam sons aterradores e atacavam o monge.
Antão os enfrentou:
“Se tivésseis algum poder, bastaria que só viesse um de vós. Como Deus vos criou fracos, porém, quereis assustar-me com a quantidade de demônios. E o que comprova a sua fraqueza é que adotastes a forma de animais irracionais.
Se tiverdes recebido poder contra mim, atacai-me sem demora. Se nāo sois capazes, entretanto, por que me perturbais em vão?
Porque a minha fé em Deus é o meu refúgio e é a muralha que me salva de vós.”
O teto abriu-se então e uma luz fulgurante encheu o túmulo, fazendo desaparecerem os demônios e cessarem as dores de Santo Antão.
Quando percebeu que Deus o salvara, o monge rezou e perguntou:
“Onde estavas? Por que não apareceste desde o início e me livraste das dores?”
Deus então lhe respondeu: ‘Antão, Eu estava ali, mas esperei para ver-te lutar. Vi como perseveraste na luta e não caíste. Estarei sempre pronto a socorrer-te. O teu nome será conhecido em toda parte.”
O monge se levantou, orou e recebeu tanta força de Deus que se sentiu muito mais forte que antes. É assim que o cristão se levanta.”
Fonte: Santo Atanásio sobre a Luta de Santo Antão contra os demônios.
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