A última ceia – uma das mais antigas imagens

Sobre a Obra

A última ceia: Visões da Beata Anne Catherine Emmerich:

A Quinta-Feira Santa – A Mística Cidade de Deus – Maria Agreda

Filmes e Documentários sobre a Última Ceia

A Última Ceia – Leonardo da Vinci

O cálice da última Ceia

O cálice que os Apóstolos receberam em casa de Verônica, era um vaso maravilhoso e misterioso. Muito tempo fora guardado no Templo, entre outros objetos preciosos, de grande antiguidade, cuja origem e emprego tinham sido esquecidos, como acontece também na Igreja cristã, na qual muitos objetos preciosos pela beleza e antiguidade, caíram em esquecimento no correr do tempo.

Muitas vezes escolhiam no Templo os vasos antiquados, de uso desconhecido ou jóias antigas, vendiam-nos e mandavam-nos restaurar ou remodelar.

Assim aconteceu também, por permissão de Deus, a esse santo vaso; foi encontrado por sacerdotes daquele tempo no tesouro do Templo, numa caixa, junto com outros objetos antigos e esquecidos e como, por ser de matéria desconhecida, nunca se pôde fundir, venderam-no a amadores de antiguidades.

O cálice, com todos os acessórios, fora comprado por Seráfia e já fora usado algumas vezes por Jesus, em festividades; desde então se tornou propriedade permanente da santa comunidade de Jesus Cristo.

Nem sempre estivera no estado atual; não me lembro mais quando foi feita a adaptação das diversas partes de que constava e se o foi por ordem do Senhor; pois que se juntou ao cálice um aparelho portátil, para servir na instituição do Santíssimo Sacramento.

Sobre uma bandeja, da qual se podia tirar ainda uma tabuinha, estava o grande cálice e em roda dele, seis copinhos; não me lembro mais, se a tabuinha continha coisa sagrada.

Dentro do grande cálice havia outro vaso pequeno, sobre o qual se achava um pratinho ou patena e sobre este, uma tampa convexa. No pé do cálice era guardada uma colher, que se podia facilmente tirar.

Todos estes vasos, cobertos de linho fino, estavam debaixo de uma capa de couro, se não me engano, que em cima tinha um botão.

O cálice grande constava da taça e do pé, que deve ter sido acrescentado mais tarde, pois estas duas partes eram de material diferente: A taça era de um metal pardacento e bem polido, em forma de pêra; mas estava revestida de ouro e tinha duas argolinhas, pelas quais se podia segurar o cálice, pois era bastante pesado.

O pé era de ouro escuro, artisticamente trabalhado, ornado na parte inferior de uma serpente e de um pequeno cacho de uvas.

Também era ricamente adornado de pedras preciosas. No pé se achava a colherzinha.

O cálice grande ficou na Igreja de Jerusalém, com S. Tiago o Menor; agora o vejo ainda guardado em outro lugar.

Há de reaparecer, como reapareceu dessa vez. Outras Igrejas dividiram entre si os copinhos que cercavam o cálice; um desses está em Antioquia, outro foi para Éfeso; cada uma das sete Igrejas tinha o seu.

Esses copinhos pertenciam aos Patriarcas, que deles bebiam a bebida misteriosa, quando recebiam e davam a bênção, como tenho visto e narrado várias vezes.

O cálice grande já tinha estado com Abraão; Melquisedec trouxera-o da terra de Semíramis, onde já se tinha perdido e levara-o para a terra de Canaã, quando fora fundar vários edifícios, no lugar da futura Jerusalém.

Empregou-o no sacrifício, em que ofereceu pão e vinho na presença de Abraão e depois o cedeu a esse Patriarca. Já tinha sido propriedade de Noé, que o guardara no alto da arca.

“Eis que vêm homens, gente distinta de uma bela cidade, construída em estilo antigo; adora-se ali tudo que se encontra, até peixes também. O velho Noé, com uma estaca ao ombro, está ao lado da arca; a madeira de construção está amontoada em redor, tudo no lugar.

Não, não são criaturas humanas, deve ser algo de mais nobre, pois são tão belos e claros.

Entregam a Noé o cálice, que deve ter caído, em algum lugar, em esquecimento; não sei mais o nome desse lugar. Há dentro do cálice um grão semelhante ao trigo, maior, porém, do que o nosso; é como um grão de girassol; há nele também um raminho de videira.

Dizem a Noé que ele é um homem tão afamado, que lhe trazem uma coisa misteriosa, que deve levar consigo. Eis que ele introduz o grão de trigo e o raminho de videira numa maçã amarela e põe tudo no cálice.

Este não tem tampa, porque o conteúdo deve crescer para fora. O cálice foi feito segundo um modelo que, como creio, saiu da terra em qualquer parte, de maneira miraculosa.

Há nisto um mistério, mas foi modelado segundo aquela forma. É também o cálice que vi no lugar da sarça ardente, naquela grande parábola.

Os homens que trouxeram a Noé o cálice e os tesouros nele contidos, usavam longas vestes brancas e pareciam-se com os três homens que procuraram Abraão e lhe prometeram um filho.

Pareceu-me que trouxeram da cidade uma coisa santa, que não devia ser destruída; a cidade, porém, pereceu no dilúvio, com tudo que continha. O cálice esteve também com uma tribo fiel a Deus, perto de Babilônia, eram descendentes de Noé, detidos na escravidão por Semíramis.

Melquisedec conduziu-os à terra de Canaã, levando consigo também o cálice. Vi que tinha uma tenda perto de Babilônia, na qual benzia e repartia entre eles o pão, sem o qual não teriam tido força para o seguirem.

Esse povo tinha um nome que soava como “Samanéos”; serviu-se dele e de alguns Cananeus, que viviam em caravanas, quando começou a construir edifícios, nas colinas desertas de Jerusalém.

Fez alicerces muito profundos, onde depois estava o Cenáculo e o Templo, como também para o lado do Calvário. Plantou também trigo e vinhas. Depois do sacrifício de Melquisedec, ficou o cálice com Abraão; foi levado ao Egito e também Moisés o possuiu.

O material da taça do cálice era compacto como o de um sino; era como um produto da natureza e não trabalhado como metal. Vi através dele; só Jesus sabia de que material era feito.

Quando Nosso Senhor, por ocasião da instituição do SS. Sacramento, tomou o cálice, tive subitamente outra visão do Velho Testamento.

Vi Abraão de joelhos diante de um altar; à distância vi muito povo guerreiro caminhar, com animais de carga e camelos. Vi avançar para Abraão um homem majestoso, que colocou sobre o altar o mesmo cálice que Jesus naquela ocasião tinha nas mãos. Esse homem tinha algo de semelhante a asas nos ombros; não as tinha realmente, mas era só para fazer saber que era um Anjo.

Foi a primeira vez que vi asas num Anjo. Aquele homem, porém, era Melquisedec. Atrás do altar de Abraão se levantaram no ar três colunas de fumaça; a do meio era reta e alta, as outras duas mais baixas.

Depois vi duas séries de figuras, que acabavam em Jesus. Davi e Salomão achavam-se entre elas. Era a estirpe de Jesus (esqueceu de dizer se era a linha dos possuidores do cálice ou a dos sacrificadores ou dos ascendentes de Jesus). Vi nomes acima de Melquisedec, de Abraão e de alguns reis e deste modo voltei à visão de Jesus e do cálice.

O sacrifício de Melquisedec teve lugar sobre uma colina, no vale de Josafá; agora não acho mais esse lugar.

O cálice estava já com Melquisedec. Abraão deve ter sabido daquele sacrifício, porque já tinha construído um belo altar, mais belo e forte do que os que vi em outras ocasiões.

Por cima do altar havia como uma tenda de folhagem e dentro se achava uma espécie de tabernáculo, no qual Melquisedec colocou o cálice.

Os copos de que deu a beber, pareciam pedras preciosas. Havia um orifício sobre o altar, provavelmente para o sacrifício. Abraão trouxera consigo um soberbo rebanho.

Já muito antes, quando Abraão recebera o mistério da promissão, lhe fora revelado que o sacerdote do Altíssimo celebraria diante dele o sacrifício, que devia ser instituído pelo Messias e durar por todos os séculos.

Quando, portanto, Melquisedec anunciou a sua chegada por dois correios, dos quais se servia muitas vezes, Abraão esperou-o cheio de respeito e esperança e construiu o altar e a tenda de folhagem com muito cuidado.

Vi também Abraão colocar sobre o Altar alguns ossos de Adão, como sempre fazia nos sacrifícios; Noé já os guardara na Arca. Diante deles pediram a Deus o cumprimento da promessa do Messias, a qual fora feita a Adão. Abraão desejava vivamente a bênção de Melquisedec.

A campina em redor estava coberta de homens e animais, de cargas e bagagens; o rei de Sodoma estava com Abraão debaixo da tenda.

Tudo estava silencioso e em expectativa. Melquisedec veio do lugar onde depois se construiu Jerusalém; tinha ali cortado o mato e lançado os fundamentos de vários edifícios; uma construção semicircular estava meio terminada e um palácio ainda no começo.

Trouxe um animal de carga cinzento; não era camelo, nem como o nosso jumento: tinha o pescoço curto e grosso e era bom corredor.

Estava carregado pesadamente; num lado trazia uma vasilha grande de vinho, achatada para o lado do animal; do outro lado vinha um caixote, em que se achavam uma fileira de pães chatos e diversos vasos.

Os copos, que tinham a forma de pequenos barris, eram transparentes como pedras preciosas, não como ouro ou prata. Abraão foi ao encontro de Melquisedec.

Vi este entrar na tenda por trás do altar e, elevando nas mãos pão e vinho, oferecer, benzer e distribuir o mesmo. A cerimônia tinha semelhança com a santa Missa.

Abraão recebeu pão mais branco do que os outros e bebeu do cálice de que Jesus se serviu na Instituição da S. Eucaristia (ainda não se lhe tinha acrescentado o pé). Entre os mais distintos assistentes distribuíram depois vinho, em pequenos copos e bocados de pão.

Este não era consagrado, – Anjos não podem consagrar – mas era bento e vi-o brilhar; todos os que o receberam, sentiram-se fortificados e elevados a Deus.

Abraão foi também abençoado por Melquisedec: vi que era um símbolo da ordenação dos sacerdotes, como para o consagrar sacerdote; pois Abraão já recebera a promissão de que o Messias nasceria dele, em carne e sangue.

Tive diversas vezes a explicação de que Melquisedec fez saber a Abraão, nesta bênção, que no futuro seriam ditas a respeito do Messias e de seu sacrifício as palavras proféticas:

“O Senhor disse ao meu Senhor: Sentai-vos à minha direita, até que eu reduza os vossos inimigos a servir-vos de escabelo. O Senhor jurou o e não se arrependerá: Sois sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedec.”

Vi que também Davi, ao escrever estas palavras do salmo, teve uma visão da bênção dada por Melquisedec e Abraão.

Vi, porém, que Abraão profetizou, depois de ter tomado o pão e o vinho, dizendo mais ou menos o seguinte: “Então acabará o que Moisés dá aos Levitas.”

Entendi que falava profeticamente de Moisés e dos Levitas.

Agora não sei mais se o próprio Abraão ofereceu também esse sacrifício. Deu depois os dízimos dos rebanhos e dos seus bens.

Creio que Melquisedec distribuiu tudo de novo. Melquisedec não parecia velho; era esbelto e alto, cheio de suave seriedade. Trazia uma longa veste, tão branca, como jamais vi na terra; parecia mesmo resplandecer e ao lado dela, a vestimenta branca de Abraão parecia escura.

Por ocasião do sacrifício se cingiu de uma cinta, na qual estavam bordadas algumas letras e pôs uma mitra branca dobra da, como depois a usavam os sacerdotes.

O cabelo era longo, de um louro claro, sedoso; tinha barba em ponta, branca, curta, repartida na ponta; o rosto resplandecia-lhe.

Todos o tratavam com muito respeito; em sua presença todos se tomavam sérios e silenciosos. Foi-me dito que era um Anjo sacerdotal e mensageiro de Deus.

Foi enviado para estabelecer várias Instituições santas; conduzia povos, transferia tribos, fundava cidades. Vi-o em diversos lugares, antes do tempo de Abraão; depois não o vi mais.

Fonte: VIDA, PAIXÃO E GLORIFICAÇÃO DO CORDEIRO DE DEUS”: As meditações de Anna Catharina Emmerich (1820-1823)

A Última Ceia (Leonardo da Vinci)

A Última Ceia (em italiano: L’Ultima Cena e também Il Cenacolo) é um afresco de Leonardo da Vinci para a igreja de Santa Maria Delle Grazie em Milão, Itália.

O trabalho presume-se que tenha sido iniciado por volta de 1495-96 e foi encomendado como parte de um plano de reformas na igreja e nos seus edifícios conventuais pelo patrono de Leonardo, Ludovico Sforza, duque de Milão.

Representa o episódio bíblico da Última Ceia de Jesus com os Apóstolos antes de ser preso e crucificado.

É um dos bens culturais mais conhecidos e estimados do mundo.

O trabalho mantém-se no convento que o sucessor de Ludovico Sforza destinou ao local de sepultura dos seus familiares.

O tema da ÚltimaCeia era tradicional em refeitórios monásticos, mas a interpretação de Leonardo deu um maior realismo e profundidade à cena representada e ao lugar.

Leonardo da Vinci passou grande parte destes três anos dando atenção integral a esta pintura o que era facto raro para um pintor versátil e do seu nível.

Sofreu agressões ao longo do tempo desde a abertura de uma porta pelos padres até o bombardeio aéreo na Segunda Guerra Mundial.

Técnicas

Parcialmente pintada na forma tradicional de um afresco com pigmentos misturados com gema de ovo ao reboco úmido incluindo também um veículo de óleo ou verniz.

Da Vinci testou uma nova técnica à solução das tintas com predominância da têmpera, com adição de cera de abelha.

Essa mistura de técnicas, embora baseada em uma técnica descrita por Cennino Cennini em um tratado do século XIV, era usada “a secco” e não em superfícies “a fresco”.

Credita-se a essa técnica o fato da pintura estar perdendo coloração já em 1517.

Na composição, foi usada uma linha do horizonte, que é uma linha horizontal traçada ao nível do olhar do pintor, fazendo com que o rosto de Jesus fique, tanto verticalmente como horizontalmente, no centro.

Descrição

Quando Leonardo escolheu esta pintura, que está baseada em João 13:21, no qual Jesus anuncia aos doze apóstolos que alguém, entre eles, o trairia.

Esta pintura, na história evangélica, é considerada a mais dramática de todas.

Ao centro, Cristo é representado com os braços abertos, num gesto de resignação tranquila, formando o eixo central da composição e as figuras dos discípulos estão representadas num ambiente definido do ponto de vista da perspectiva.

Os apóstolos se agrupam em quatro grupos de três, deixando Cristo relativamente isolado ao centro.

Da esquerda para a direita (do ponto de vista de quem está diante da pintura), segundo as cabeças, estão: no primeiro grupo, Bartolomeu, Tiago Menor e André; no segundo grupo, Judas Iscariotes, São Pedro (cabelo branco) e João (imberbe); Cristo ao centro; no terceiro grupo, Tomé, Tiago Maior e Filipe (também imberbe); e no quarto grupo, Mateus (aparentemente com barba rala), Judas Tadeu e Simão Cananeu também chamado de Simão, o Zelote, por último.

Estas identificações provêm de um manuscrito autógrafo de Leonardo encontrado no século XIX.

Cogita-se que o rosto de Judas representado na pintura retrataria Girolamo Savonarola, padre Dominicano que governou Florença e que foi executado por ordem do Papa Alexandre VI em 1498.

Outras Últimas Ceias da época

É possível fazer a comparação da versão de Leonardo com outras renascentistas imediatamente anteriores, para observar as inovações que Leonardo introduz no tema.

Em ambas se verifica a postura tradicional de Judas Iscariotes de costas e separado do resto.

Nos desenhos preparatórios Leonardo copiou inclusive a posição de um dos apóstolos debruçado sobre a mesa, possivelmente triste ou abatido ou, na descrição da cena nos Evangelhos, recostado sobre o colo ou ombro de Cristo que segundo exegetas seria João e que foi também o primeiro a saber da futura traição de Judas.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Última_Ceia_(Leonardo_da_Vinci)

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