O Batismo do Senhor – A Epifania – Teófanes, o Cretano (1546) – A Montanha Sagrada – Sagrado Monastério de Stavronikita

Sobre a Obra

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O Batismo do Senhor – A Epifania – Teófanes, o Cretano (1546) – A Montanha Sagrada – Sagrado Monastério de Stavronikita

Réplica na Igreja Nossa Senhora do Paraíso em São Paulo e no Museu Mítico

Assista o documentário sobre a Teofania /

Watch the documentar about the Theophany:

Louve os ícones do Teófanes, o Cretano no vídeo abaixo:

Conheça as visões de Anne Catherine Emmerich sobre os Sermões na Montanha                e do Batismo: https://youtu.be/3TYJLib30iQ?si=N9KMwJE00DUdqdT0

Lendo o ícone da Epifania

A Igreja Bizantina para designar esta solenidade, emprega os termos Epifania’ Teofania’, que indicam a manifestação da divindade – e ainda, prefere a denominação dada por S. Gregório, o Teólogo: Festa das Luzes’.

É sabido que esta era uma Festa celebrada pela seita gnóstica no dia 6 ou 10 de janeiro, da qual os ortodoxos não foram muito seguidores, a ponto de até a metade do século III, em Alexandria, Origenes nem a ela se referir. Somente no século IV começaram a aparecer testemunhas seguras de sua celebração entre os ortodoxos das diversas igrejas da Palestina, da Síria e da Ásia Menor. Parece que, neste período, deu-se a mudança das Festas: o Oriente começou a celebrar a Natividade, enquanto o Ocidente festejava a Epifania.

No Oriente, a ‘nova’ Festa do Natal ligou-se à Epifania em 6 de janeiro. A Igreja Bizantina, no entanto, adotou de um dia para outro a data de 25 de dezembro para comemorar o Natal e a lembrança dos Magos, deixando que o dia 6 de janeiro voltasse a ser exclusivamente a Festa do Batismo de Cristo.

O Ícone de que nos servimos para esta explicação é o da escola de Creta (1546). Na parte central do Ícone, está Cristo submerso totalmente nas águas do Jordão. Está ‘sepultado’ nas águas do rio. Eis, pois, Cristo, revestido da nudez adâmica para entregar à humanidade a veste paradisíaca. É importante apreciar o gesto da mão direita Dele: é um gesto de benção. Para evidenciar o fato de que Cristo é Deus, colocou-se a auréola que cinge Sua cabeça; um nimbo crucífero.

Cristo caminha sobre chacais e víboras, pisoteia leões e dragões, do mesmo modo que o Ícone da Ressurreição esmaga sob os pés o Ades e os infernos. À Sua direita, está João Batista que realiza com a mão o ato do batismo. Em nosso Ícone, a mão esquerda de João Batista erguida para o céu, representa sua intenção de evitar o encargo.

Os quatro anjos, à direita do Ícone, representam a natureza angélica que se prostra em adoração ao homem-Deus. As mãos cobertas e o corpo inclinado indicam-nos sua missão.

A divindade desce ao abismo, as regiões mais profundas: o raio efetivamente cai tomando forma de pomba e enfraquece, descendo sobre Cristo, revestido da única vestidura que veio limpar da mancha do pecado.

A conexão intima de nosso Ícone com a descida aos infernos serve para recordar-nos que a iconografia não pretende transmitir-nos outra coisa senão o ardente desejo de Deus de restaurar Sua imagem, buscar a ovelha desgarrada, recompor Sua semelhança: tudo isso foi realizado por Cristo.

Fonte: G. Passarelli, O ícone da Teofania, 1996.

Do Livro do Profeta Isaías:

“Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor.

Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o Senhor e sua glória já se manifesta sobre ti.

0s povos caminham à tua luz e os reis ao clarão de tua aurora.

Levanta os olhos ao redor e vê: todos se reuniram e vieram a ti; teus filhos vêm chegando de longe com tuas filhas, carregadas nos braços.

Ao vê-los, ficarás radiante, com o coração vibrando e batendo forte, pois com eles virão as riquezas de além-mar e mostrarão o poderio de suas nações; será uma inundação de camelos e dromedários de Madiã e Efa a te cobrir: virão todos os de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando a glória do Senhor.”

Sobre o ícone da Teofania

Foi pelo batismo do Senhor, que o mundo veio a conhecer o mistério da Santíssima Trindade. Eis a grande revelação do batismo.

A Festa do batismo também é chamada de Festa da Epifania porque naquele dia Deus se revelou ao  mundo em três pessoas de sua divindade:  Deus Jesus Cristo foi batizado no Jordão, o Espírito Santo desceu sobre ele como uma pomba e DeusPai testemunhou Jesus Cristo com uma voz do céu.

Em reverência e em posição de veneração no momento da revelação, João Batista, do lado esquerdo do Senhor, se curva a Jesus e venera a Deus Pai e ao Espírito Santo.

Deus é Triuno.

A luz do alto significa a presença e a glória de Deus.

A pomba branca simboliza o Espírito Santo.

O homem no rio significa o rio Jordão.

O machado na frente da árvore é para nos lembrar das palavras de São João para os fariseus e saduceus no Evangelho de São Mateus:

“E até agora o machado está virado para as raízes das árvores. Então, toda árvore que não produzir bons frutos, que seja cortado e jogado no fogo.” (Matheus 3: 10).

Para São João de Crisóstomos, visto no filme The Icon of Theofany do          

Canal Trisagion:

“E Cristo se batiza não por necessidade de purificação e sim para nos incentivar a nos batizarmos e renascermos na vida eterna.

Com o seu batismo, Jesus santifica as águas do mundo todo e se torna um modelo para o nosso próprio batizado!”

Capítulo 13. O Batismo de Jesus e o jejum de quarenta dias

VIDA, PAIXÃO E GLORIFICAÇÃO DO CORDEIRO DE DEUS”:                As meditações de Anna Catharina Emmerich (1820-1823)

Os homens caíram pela soberba; pela humildade quis o Salvador levantá-Ios.

Por isso, já no começo de sua tarefa difícil de ganhar os homens para o reino de Deus, pelo exemplo e pela Paixão, submeteu-se a uma profunda humilhação, deixando-se batizar por João.

Assim exortou o povo, pelo exemplo, a imitá-Io, ensinando-nos também ao mesmo tempo a implorar, em espírito de humildade e penitência, a bênção de Deus para nós e para os nossos trabalhos. Pois a penitência e humildade nos tornam dignos da bênção e do agrado de Deus.

Por isso, era tão meritória a humilhação voluntária do Filho de Deus, recebendo o Batismo de João; mereceu a santificação da água e os efeitos sacramentais do santo Batismo. Catharina Emmerich narra assim o batismo de Jesus:

“Estava reunida uma extraordinária multidão de povo e João falou com grande alento sobre a próxima vinda do Messias e sobre a penitência; disse também que teria de desaparecer, para dar lugar Àquele. Jesus estava no meio do apinhado auditório. João, que O viu bem, ficou extremamente satisfeito e fervoroso.

Já tinha batizado a muitos, quando Jesus, por sua vez, desceu ao tanque do Batismo. Então disse João, inclinando-se diante d’Ele: “Sou eu que devo ser batizado por Vós e vindes a mim!”

Jesus respondeu-lhe: “Deixa fazer por ora; convém que assim cumpramos toda a justiça, que me batizes e que eu seja batizado por ti”. Também lhe disse: “Receberás o Batismo do Espírito Santo e de sangue.”

O Salvador dirigiu-se então por cima da ponte, à ilhota, acompanhado por João e pelos discípulos André e Saturnino.

Entrando numa tenda, despiu as vestes e veio para fora, coberto de uma túnica de um tecido pardo; desceu à margem do tanque, onde despiu também a túnica, tirando-a pela cabeça.

Cingiu os rins com uma faixa, que lhe envolvia as pernas, até abaixo dos joelhos. Assim entrou na fonte. João estava de lado, ao sul do tanque; tinha na mão uma taça com aba larga e três biqueiras.

Abaixando-se, tirou água, com a taça e derramou-a, pelas três biqueiras, sobre a cabeça do Senhor, dizendo mais ou menos as seguintes palavras:

“Javé derrame a sua bênção sobre ti, pelos Querubins e Serafins, com sabedoria, inteligência e fortaleza.”

Jesus subiu então e André e Saturnino cobriram-no com um pano, com o qual se enxugou; vestindo-o depois de uma comprida túnica branca de batismo, impuseram-Lhe as mãos aos ombros, enquanto João lhe pós a mão na cabeça.

Ouviu-se então um grande bramido, vindo do céu, como um trovão e todos que estavam presentes, olharam para cima, estremecendo.

Desceu uma nuvem branca e luminosa e vi uma figura lúcida, com asas, pairar por cima de Jesus, derramando sobre Ele uma torrente de luz; vi também a aparição do Pai Celestial e ouvi as palavras: “Eis meu Filho muito amado em quem ponho minha afeição.” (Mal. 3,17)

Jesus, porém, subiu os degraus, vestiu a túnica e dirigiu-se, cercado dos discípulos, ao largo da ilha. João falou com grande alegria ao povo, dando testemunho de que Jesus era o Messias prometido. Citou as promissões dos patriarcas e profetas, que nesse momento foram cumpridas; contou o que tinha visto e que era a voz de Deus, que todos tinham ouvido.

Disse também que, daí a pouco, se retiraria, logo que Jesus voltasse. Exortou todos a seguirem Jesus.

Jesus confirmou simplesmente o que João dissera. Disse também. que se retiraria por algum tempo; mas depois viessem a Ele todos os enfermos e aflitos, pois que Ihes daria consolação e socorro.

Depois de batizado, Jesus partiu com os companheiros, primeiro para Belém, seguindo daí para o sul do Mar morto, pelo mesmo caminho que a Sagrada Família tomara, na fuga para o Egito.

De lá, voltando, foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto, para jejuar quarenta dias.

Começou o jejum na montanha de Jericó, onde subiu ao monte deserto e íngreme de Quarantania e rezou numa gruta.

Descendo do monte, atravessou, numa embarcação, o rio Jordão e veio a uma montanha muito íngreme, distante cerca de nove léguas do Jordão.

Jesus rezava numa gruta, ora prostrado por terra, ora de joelhos, ora em pé.

Não comia nem bebia, mas era confortado pelos Anjos.

“Cada dia, conta Anna Catharina Emmerich, a obra da oração de Jesus é diferente; cada dia nos alcança outras graças.

Sem essa obra, não podia ser meritória a nossa resistência às tentações.

Outro dia o vi prostrado com o rosto em terra, quando vieram numerosos Anjos, que o adoraram e lhe perguntaram se podiam apresentar-lhe a sua missão e se ainda era a sua vontade sofrer como homem, para os homens.

Tendo Jesus de novo confirmado sua vontade de aceitar os sofrimentos, erigiram-Ihe em frente uma Cruz alta.

Três Anjos trouxeram uma escada, outro uma cesta, com cordas e ferramentas; outros, a lança, a haste de hissopo, varas, chicotes, coroa de espinhos, pregos, tudo o que depois se empregou na Sagrada Paixão.

A Cruz, porém, parecia oca; podia abrir-se, como um armário e estava cheia de inúmeros e diversíssimos instrumentos de tortura.

Todas as partes e lugares da cruz eram de cores diferentes, pelas quais se podia conhecer que tortura teria de sofrer.

Havia também na Cruz muitas fitas de diversas cores, como que relatórios de muitas contrariedades e trabalhos que Jesus teria de suportar na sua vida e Paixão da parte dos discípulos e de outros homens.

Quando, desse modo, toda a Paixão estava posta diante dele, vi que Jesus e os Anjos choravam.

Satanás não sabia que Jesus era Deus, tomou-o por um profeta.

Uma vez o vi à entrada da gruta, sob a figura de certo jovem, a quem Jesus muito amava. Fez barulho, pensando que Jesus se zangasse; mas este nem olhou para ele.

Depois, enviou o demônio sete ou nove aparições de discípulos à gruta; disseram-lhe que o tinham procurado ansiosamente; não devia arruinar-se lá em cima e abandoná-Ios.

Jesus disse somente: “Afasta-te, Satanás, ainda não é tempo”. Então desapareceram todos.

Num dos dias seguintes vi Satanás querendo afigurar-se Anjo, trajando vestes resplandecentes. Chegou voando à entrada da gruta e disse: “Fui enviado por vosso Pai, para vos confortar.” O Senhor, porém, não olhou para ele.

Jesus sofreu fome e sede. Ao cair da noite, Satanás, sob a forma de um homem alto e forte, subiu ao monte. Levava duas pedras que tirara em baixo, dando-Ihes a forma de pães.

Disse a Jesus: “Se sois o Filho de Deus, fazei que estas pedras se mudem em pão.” Ouvi Jesus apenas dizer: “O homem não vive de pão.” Satanás ficou furioso e desapareceu.

Ao cair da tarde do dia seguinte, vi Satanás aproximar-se de Jesus, em forma de um Anjo poderoso. Vangloriando-se, disse-lhe: “Mostrar-vos-ei quem sou e o que posso. Eis aí Jerusalém e o Templo. Vou colocar-vos no mais alto pináculo; mostrai então o vosso poder.”

Satanás segurou-o pelos ombros e, levando-o pelos ares a Jerusalém, colocou-o no cimo de uma torre.

Depois voou para baixo, à terra e disse: “Se sois o Filho de Deus, mostrai o vosso poder e atirai-vos à terra; pois está escrito: Ele mandará os seus Anjos, que vos sustentarão com as mãos, afim de que não machuqueis os pés de encontro às pedras.”

Jesus respondeu: “Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.”

Então voltou Satanás, cheio de raiva e Jesus lhe disse: “Usa do teu poder, do poder que te foi dado.”

Satanás, furioso, segurou-o de novo pelos ombros, e, levando-o por cima do deserto, em direção a Jericó, colocou-o no mesmo monte onde Jesus começara o jejum.

Era o ponto mais alto do monte, no qual o tinha posto; mostrou em redor de si e viram-se os mais maravilhosos panoramas, em todas as direções do mundo.

Então disse Satanás a Jesus: “Sei que quereis propagar agora a vossa doutrina.

Eis ai todas essas terras magníficas, esses povos poderosos e aqui a pequena Judéia. Ide lá! Dar-vos-ei todas essas terras, se, prostrado a meus pés, me adorardes”.

Jesus disse: “Adorarás o Senhor teu Deus e a Ele servirás. Afasta-te, Satanás!”

Então vi Satanás, numa forma indescritivelmente hedionda, lançar-se para baixo e desaparecer.

Logo depois, vi um grupo de Anjos aproximar-se de Jesus e levá-Io à gruta, onde começara o jejum.

Eram doze esses Anjos e numerosos outros, para o servirem.

Celebrou-se, então, na gruta, uma festa em ação de graças e de júbilo e depois houve um banquete.”

Jesus desceu do monte e veio ao Jordão, perto do lugar onde João estava batizando. Este se voltou logo para o Mestre, exclamando:

“Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo”. Podia-se perguntar:

Por que fez Jesus um jejum tão rigoroso? Por que se sujeitou àquelas tentações?

Jesus está para começar sua vida pública; quer percorrer abertamente o país, repreender os pecadores, convidá-Ios a converter-se e fazer penitência; na sua doutrina, terá de fazer frente, muitas vezes, a opiniões errôneas a respeito da fé e da moral; terá de apresentar-se ao povo como o Messias prometido, como o Filho de Deus e de exigir humilde aceitação de sua doutrina.

É uma tarefa dificílima, que traz consigo muitos trabalhos penosos, mortificações, sofrimentos, inimizades e perseguições. Por isso se prepara o Salvador para essa obra com jejum e meditação, na solidão do deserto.

Ali, no retiro absoluto, deixa tentar-se por Satanás, que parece não lhe conhecer a divindade.

Por causa da inseparável união de sua alma com o Verbo Divino, não podia a tentação nascer-lhe da própria natureza, mas podia só provir do exterior.

O homem tentado, pela tríplice concupiscência, é logo inclinado a ceder à tentação e, desse modo, inúmeros homens caem na ruína temporal e eterna.

Jesus, porém, quer salvar os homens dessa maior desgraça; por isso, oferece também o jejum e as tentações sofridas, como expiação dos pecados.

Assim nos mostra como devemos vencer a tentação; pela vitória sobre a mesma nos merece a graça de vencê-Ia também.

Em tudo se tomou igual a nós, com exceção do pecado.

Prophet Isaias

From the Book of the Prophet Isaias. Arise, turn on the lights, Jerusalem, for your light has come, the glory of the Lord has appeared upon you.

Behold, the land is enveloped in darkness, and dark clouds cover the people; but the Lord appeared upon you and his glory is already manifested upon you.

The peoples walk in your light, and the kings in the brightness of your dawn.

Lift your eyes around and see: everyone has gathered together and come to you; Your sons are arriving from afar with your daughters, carried in their arms.

When you see them, you will be radiant, with your heart vibrating and beating strong, because with them the riches from beyond the sea will come and they will show the power of their nations; a flood of camels and dromedaries from Madia and Ephah will cover you: all those from Sheba will come, bringing gold and incense, and proclaiming the glory of the Lord.

Word of the Lord.

About the Icon of Theophany

It was through the baptism of the Lord that the world came to know the mystery of the Holy Trinity. This is the great revelation of baptism.

In reverence and in a position of veneration at the moment of revelation, John the Baptist, on the left side of the Lord, bows to Jesus and venerates God the Father and the Holy Spirit.

God is Triune.

The light from above signifies the presence and glory of God.

The white dove symbolizes the Holy Spirit.

The man in the river means the Jordan River.

The ax in front of the tree is to remind us of St. John’s words to the Pharisees and Sadducees in St. Matthew’s Gospel:

“And so far the ax is aimed at the roots of the trees. So every tree that does not produce good fruit must be cut down and thrown into the fire.” (Matthew 3:10).

For Saint John of Chrysostoms, seen in the film The Icon of Theophany

Trisagion Channel:

“And Christ is baptized not out of the need for purification but to encourage us to be baptized and be reborn into eternal life.

With his baptism, Jesus sanctifies the waters of the entire world and becomes a model for our own baptism!”

Reading the Theophany icon

The Byzantine Church to designate this solemnity uses the terms and Epiphany ‘Theophany’, which indicate the manifestation of divinity – and also, prefers the name given by St. Gregory the Theologian: Feast of Lights’.

It is known that this was a Feast celebrated by the Gnostic sect on the 6th or 10th of January, of which the Orthodox were not very followers, to the point that until the middle of the 3rd century, in Alexandria, Origen did not even refer to it. Only in the 4th century did reliable witnesses of its celebration begin to appear among the Orthodox of the various churches in Palestine, Syria and Asia Minor. Looks like, During this period, the Festivals changed: the East began to celebrate the Nativity, while the West celebrated the Epiphany.

In the East, the ‘new’ Festival of Christmas was linked to Epiphany on January 6th. The Byzantine Church, however, overnight adopted the date of December 25th to celebrate Christmas and the memory of the Magi, leaving January 6th to once again be exclusively the Feast of the Baptism of Christ. The Icon we use for this explanation is that of the Cretan school (1546). In the central part of the Icon, Christ is completely submerged in the waters of the

Jordan. He is ‘buried’ in the waters of the river. Behold, then, Christ, clothed with nakedness Adamic to give humanity the paradisiacal garment. It is important to appreciate the gesture of His right hand: it is a gesture of blessing. To highlight the fact that Christ is God, the halo was placed around his head; a cruciferous nimbus.

Christ walks over jackals and vipers, tramples lions and dragons, in the same way that the Icon of the Resurrection crushes Ades and hell underfoot. On His right is John the Baptist who performs the act of baptism with his hand. In our Icon, John the Baptist’s left hand raised to heaven represents his intention to avoid the burden.

The four angels, to the right of the Icon, represent the angelic nature that prostrates itself in adoration of the God-man. The covered hands and the inclined body indicate his mission.

The divinity descends into the abyss, the deepest regions: the lightning effectively falls taking the form of a dove and weakens, descending on Christ, clothed in the only garment that came to cleanse the stain of sin.

The intimate connection of our Icon with the descent into hell serves to remind us that iconography does not intend to convey anything other than God’s ardent desire to restore His image, seek out the lost sheep, restore His likeness: all of this was accomplished for Christ. (Cf.

Source: G. Passarelli, The icon of Theophany, 1996.

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