Sobre a Obra

Escutar áudio do texto

Nossa Senhora do Perpetuo Socorro – Loira Linda

A História completa do ícone que na Grécia pode ter sido chamado de Panagia Kardiotissa ou de Panagia Glykophilousa

Mais informações sobre o ícone no vídeo abaixo:

Existem duas histórias possíveis sobre o ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na Grécia, uma advinda de um Livro e outra de um aplicativo de inteligência artificial.

Apresentaremos abaixo a história mais recente do ícone na Itália e depois as duas histórias possíveis sobre o mesmo na Grécia, antes de ser roubado.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro nasceu de um ícone (pintura de Nossa Senhora) milagroso, que foi roubado de uma Igreja na ilha de Creta, Grécia, no século XV. Trata-se de uma pintura sobre a madeira, em estilo bizantino.

Na pintura, Maria é representada segurando o menino Jesus em seu colo.

O menino Jesus observa dois anjos que lhe mostram os elementos de sua paixão; os anjos seguram uma cruz, uma lança e uma vara com uma esponja.

O menino se assusta, abraça a Mãe e uma sandália lhe cai dos pés. 

Arcanjo Gabriel e Arcanjo Miguel flutuam acima dos ombros de Maria. O ícone seria uma “cópia do quadro de Maria Pintado pelo evangelista São Lucas”.

HISTÓRIO DE NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um título que os cristãos deram a Maria em homenagem e agradecimento à sua atenção constante e perpétua para com a humanidade.

Perpétuo Socorro quer dizer socorro eterno, socorro sempre. Sempre que precisar. Socorro de Mãe. A mãe nunca esquece o filho, nunca abandona os filhos. Assim é o Perpétuo Socorro de Maria.

Um homem que ganhava a vida como comerciante roubou a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no século XV. Sua intenção era vendê-la em Roma. Durante a travessia do mar Mediterrâneo, uma violenta tempestade quase fez o navio naufragar.

Após chegar em Roma, ele adoeceu.

Arrependido, contou a um amigo sua história e pediu para que ele devolvesse o ícone a uma Igreja para ser venerado pelos fiéis.

A esposa desse amigo não quis devolvê-la, mas, após ficar viúva, Nossa Senhora apareceu a sua filha de seis anos e lhe disse para colocar o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em uma Igreja, ou na Igreja de São João Latrão ou na de Santa Maria Maior.

No dia 27 de março de 1499 o ícone foi entronizado na Igreja de São Mateus, ficando lá por mais de 300 anos.

Quando Roma foi invadida pelos franceses, no século XVIII, aconteceu algo muito triste: a Igreja de São Mateus foi destruída. Com isso, os Agostinianos que guardavam a Obra, levaram-na para um lugar oculto. Ali ela permaneceu esquecida, por 30 anos.

Mas um monge agostiniano que tinha muita devoção a Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, antes de morrer, contou a história da imagem e da devoção a um coroinha, que tempos depois se tornou padre Redentorista. Passado um tempo os Redentoristas compraram uma área para fazer a sua Casa Mãe da congregação e o jovem padre ajudou a reencontrar o ícone.

No começo de 1866, o Papa Pio IX entregou a guarda da imagem aos Redentoristas. Na ocasião, o papa fez a eles esta recomendação: “Fazei com que todo o mundo conheça esta devoção.”

Fizeram então muitas cópias do ícone e a difundiram por todas as partes do mundo.

Depois desta missão recebida do papa, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro passou a ser oficialmente a Padroeira dos Redentoristas. Sua festa é comemorada em 27 de junho.

Após a restauração da imagem, ela foi devolvida à Igreja de Santo Afonso. Lá passou a ser venerada pelo povo. O quadro, atualmente, em se tratando de ícone bizantino, é o mais venerado em todo o mundo.

O ÍCONE GREGO DO MILAGRE – A VIRGEM KARDIOTISSA

É a imagem de Maria segurando o Menino com o braço esquerdo, logo acima do coração, daí o nome (kardia-coração) Kardiotissa.

A Santa Mãe usa um vestido azul escuro, quase preto, com tons dourados. Cobre a cabeça e os ombros caindo para a frente, deixando uma abertura triangular, de onde é visível a túnica que vai até o pescoço.

É feito de laca vermelha brilhante e fecha com uma fita adornada com pérolas.

O Santo Infante brilha na sua túnica dourada e terracota, cordão vermelho-dourado e a túnica sobreposta é de verde amêndoa doce com detalhes dourados.

Ambas as faces têm a tristeza contida do divino filho, tristeza e alegria, às quais se acrescenta a evidente preocupação do menino Jesus que segura com ambas as mãos a mão direita da Santa Mãe.

A semântica da futura Paixão de Cristo é óbvia. Os Anjos, que acompanham a imagem, carregam com as mãos cobertas com as vestes os símbolos da Santa Paixão, o Arcanjo Gabriel tem a Cruz, a lança, e a cana e a esponja é segurada pelo Arcanjo Miguel.

Cristo tem o pé direito invertido com a sola voltada para o observador e sua sandália parece cair, mal presa pelo fino cordão dourado. A composição global da pintura estabelece a imagem <<Virgem da Paixão”, um tema favorito dos pintores de ícones cretenses.

A imagem da Virgem Kardiotissa corresponde, segundo a tradição, atribuída a São Lázaro, monge, pintor e confessor, que viveu no século IX, época da iconoclastia, durante o reinado do imperador iconoclasta Teófilo.

O Ícone era conhecido pelos seus milagres em Creta. Informações sobre o Mosteiro de Kardiotissa e seu ícone milagroso é dado por Christoforo Buondelmonti, um monge de Florença, que visitou Creta em 1415.

Caminhamos por montanhas rochosas densamente arborizadas até chegarmos à igreja de Kardiotissa, que muitas vezes foi mostrada aos fiéis. através dos seus milagres».

Assim conhecida pelos milagres, foi roubada em 1498 por um comerciante de vinhos cretense, que pretendia vendê-la.

Na viagem para Roma, ele sofreu muitos infortúnios e vagou de porto em porto, e quando finalmente chegou a Roma, sentiu-se doente e ficou na casa de um amigo.

Lá ele confessou ao amigo, pouco antes de sua morte, que havia roubado o ícone e implorou-lhe que o levasse a uma igreja caso ele falecesse.

O Ícone foi guardado nesta casa durante um ano, e ao longo deste ano a Santa Mãe apareceu frequentemente tanto à esposa como à filha da família. Foi transferida para o templo de São Mateus em 27 de março de 1499, onde lhe foi dado o nome de Santa Mãe do Perpétuo Socorro, após uma visão da filha da família.

Lá permaneceu por 300 anos, no templo de São Mateus, até a destruição do templo pelo exército napoleônico, e em 3 de junho de 1798 foi transferido para a vizinha Abadia de Santo Eusébio.

Em 1819 o Ícone foi novamente transferido para o templo de Maria Santíssima em Posterula, onde permaneceu quase esquecido na capela particular da Comunidade até 1866, ano em que foi transferido com uma ladainha para o templo de Santo Afonso.

Em 1871 surge a Ordem monástica da Santa Mãe do Perpétuo Socorro que hoje conta com 4.400 monges.

Em 1927 foi estabelecido que todas as terças-feiras dia um apelo à Santa Mãe do Perpétuo Socorro, e o reconhecimento oficial dos fundamentos foi dado

em 16 de fevereiro de 1928 pelo Papa Pio XI.

O dia 27 de junho foi instituído como dia de celebração da Santa Mãe do Perpétuo Socorro; e em junho de 1971 foi constituído um festival de nove dias para uma celebração mais gloriosa.

A primeira manutenção do Ícone ocorreu durante sua transferência para Santo Afonso em 1866 e a última em 1990. As coroas de ouro da Santa Mãe e do Menino foram acrescentadas em cerimônia oficial em 23 de junho de 1867, hoje embora em seu estado atual no templo de Santo Afonso eles são removidos.

Fonte: Holy Monastery of Virgin Mary Lady Kardiotissas – Metropolis of Petra and Heronissos, 2005.

MONASTÉRIO DE KERA KARDIOTISSA 

O monastério de Kera Kardiotissa (Panaghia Kera) está localizado a 50 km de Heraklion, no Monte Dicte, a caminho do Planalto de Lassithi, e é um dos locais de adoração mais importantes em Creta.

Sua celebração anual, em 8 de setembro, é um evento religioso de destaque na área.

A história do monastério, as lendas e as tradições relacionadas ao ícone milagroso da Theotokos atraem um grande número de fiéis até os dias de hoje.

O monastério é antigo, mas não se sabe exatamente quando e por quem foi fundado. A referência mais antiga aparece em um texto escrito pelo monge florentino Christoforo Buondelmonti em 1415.

Ele descobriu o monastério de Nossa Senhora Kardiotissa em seu caminho do Planalto de Lassithi para a área de baixada da atual prefeitura de Heraklion e notou que Nossa Senhora Kardiotissa realizou muitos milagres.

Portanto, o monastério de Panaghia Kera era um grande centro de adoração já naquela época.

De especial importância era o ícone portátil da Theotokos, que não está mais na igreja. Um comerciante de vinho, fascinado pela lenda que acompanha o ícone, roubou-o e o transportou para Roma em 1498.

A lenda tem muitos detalhes sobre a viagem de Creta para a Itália.

Diz-se que uma tempestade surgiu e o comerciante de vinho foi forçado a aliviar seu navio jogando sua carga ao mar para ser salvo.

Ao chegar em Roma, ele decidiu depositar o ícone na igreja do Apóstolo Mateus, onde permaneceu até 1866, quando foi transferido para a igreja de Santo Afonso no Monte Esquilino. Sua reputação ainda é alta na Itália hoje e deu origem à fundação da Ordem Monástica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que no início do século 20 contava com 4.000.000 de monges em todo o mundo.

Os moradores da área de Kera acreditam que o antigo ícone milagroso da Theotokos é o que ainda está no iconostásio da igreja.

Eles acreditam que foi pintado por São Lázaro e dizem que os turcos fizeram três tentativas de levá-lo embora da igreja.

Eles o roubaram, levaram para Constantinopla, mas ele escapou e voltou para Kera por conta própria. Na terceira vez, decidiram acorrentá-lo a um pilar de mármore. No entanto, o ícone voou à noite, levando consigo tanto a corrente quanto o pilar de mármore.

A corrente é hoje mantida no iconostásio da igreja e os habitantes atribuem a ela propriedades milagrosas.

Mesmo hoje, muitos fiéis colocam a corrente ao redor de si mesmos para se livrar de doenças e dores.

O pilar de mármore é encontrado no pátio do monastério e as freiras o consideram uma relíquia de adoração religiosa.

No entanto, o mesmo ícone foi novamente roubado nos nossos dias. Um grupo de jovens entrou na igreja uma noite em 1982 e roubou o ícone. Fiéis por toda Creta ficaram abalados com a notícia, até que alguns dias depois ele foi encontrado escondido em uma encosta próxima.

Eles não conseguiram levá-lo embora e vendê-lo… A polícia o transportou para Heraklion e o entregou à Arquidiocese.

Fonte: Byzantine Curches and Monasteries of Creta, Nikos Psilakis, Edit. Karmanor, pg 43.

EXPLICAÇÃO DA IMAGEM NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO

1. Em grego, estas abreviações posicionadas à esquerda e à direita do quadro significam “Mãe de Deus”.

2. O quadro original foi coroado em 1867.

3. A estrela, quando associada a Nossa Senhora, significa que Maria é nossa guia até Jesus, conduzindo-nos pelo mar da vida até o porto da salvação.

4. Abreviação do Arcanjo São Miguel.

5. Arcanjo São Miguel apresenta a lança com que foi perfurado o lado de Cristo, a vara com a esponja embebida em vinagre oferecida a Cristo na Cruz para que bebesse, e o cálice da amargura.

6. A boca de Nossa Senhora guarda silêncio.

7. A túnica é vermelha, cor da realeza e do martírio.

8. O Menino Jesus segura as mãos de Maria, que permanecem abertas como convite a colocarmos ali as nossas próprias mãos, unindo-nos a Jesus; e os dedos de Nossa Senhora apontam para o Filho, mostrando que Ele é o Caminho.

9. Abreviação do Arcanjo São Gabriel.

10. Maria olha diretamente para nós.

11. São Gabriel com a Cruz e os pregos.

12. Abreviatura de Jesus Cristo em grego.

13. Jesus veste roupas da realeza. O halo ornado com uma cruz proclama que Ele é o Cristo.

14. A mão esquerda de Maria sustenta Jesus: a mão do consolo que ela estende a todos os que a procuram nas lutas da vida.

15. A sandália desatada simboliza a humildade de Nosso Senhor Jesus Cristo e a esperança de um pecador que, agarrando-se a Jesus, vai em busca da Sua misericórdia. O Menino levanta o pé para não deixar a sandália cair, visando assim salvar o pecador.

16. O manto azul com forro verde sobre a túnica vermelha também apresenta cores da realeza. Somente a imperatriz podia usar essas combinações de cores na tradição bizantina. O azul, além disso, era ainda o emblema das mães.

17. Por fim, todo o fundo dourado destaca a importância de Maria: é símbolo de poder e nobreza, bem como da glória do Paraíso para onde iremos, levados pelo Perpétuo Socorro da Santíssima Mãe de Deus e Mãe nossa.

HISTÓRIA DO ÍCONE DE NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO

A Igreja de Santo Afonso, no Esquilino, é um importante centro da Espiritualidade cristã porque guarda o antigo ícone, venerado sob o título de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

A tradição popular narra que um comerciante roubou o quadro na ilha de Creta no século XV e trouxe-o para Roma de navio.

Conta-se que durante a viagem, uma forte tempestade colocou em perigo a vida dos passageiros e somente com a intervenção de Nossa Senhora os passageiros conseguiram salvar-se. Pouco antes de morrer, o comerciante decidiu confiar o Ícone a um amigo para que o levasse a uma igreja da cidade.

O amigo, porém, conservou o quadro em sua casa, e somente depois de sua morte, depois que a Virgem apareceu em sonho a uma menina manifestando o desejo de ser levada para uma Igreja entre as Basílicas de Santa Maria Maior e São João de Latrão, a mulher entregou o Quadro à igreja de São Mateus.

Por três séculos suscitou a devoção dos fiéis do Esquilino. Depois da destruição da Igreja no ano 1798, feita pelas tropas napoleônicas, foi transferido por setenta anos para a igreja de Santa Maria in Posterula (Roma).

O Ícone permaneceu ali esquecido por todo este tempo, até que os redentoristas que erigindo a igreja de Santo Afonso (na área na qual se erguia a Igreja de S. Mateus) interessaram-se pelo antigo quadro.

O Quadro foi encontrado graças a um acaso: Pe. Miguel Marchi (um redentorista), recordou-se tê-lo visto, quanto era coroinha, em uma das capelas de S. Maria in Posterula.

No ano de 1866, depois da restauração feita pelo pintor polonês Leopoldo Nowotny, o Papa Pio IX confiou oficialmente o Quadro aos Redentoristas.

Um ano mais tarde, quando o Quadro era trazido em procissão solene através do Bairro Monti, Nossa Senhora realizou o milagre de curar um menino.

Este milagre é lembrado ainda hoje pela cópia do Quadro que se acha na parede externa do prédio, na Via Merulana, 276 em Roma.

Do dia 26 de abril de 1866, o Quadro original é conservado na Igreja de S. Afonso que é um santuário mariano importante.

Peregrinos afluem em grande número de todas as partes do mundo e descobrem no santuário de N. Senhora do Perpétuo Socorro um oásis de oração, rica de espiritualidade e carregada de humanidade, onde tudo concorre para facilitar o encontro com a Mãe de Deus.

MENSAGEM DO ÍCONE

O Quadro de N.S.do Perpétuo Socorro é um ícone (do grego eikón = imagem), por isso não se trata de uma simples representação dos santos, mas uma representação que torna presente, de modo espiritual, as personagens representadas.

Rezando diante do ícone, pintado segundo as normas técnicas e teológicas, podemos aprofundar nosso conhecimento da realidade do mistério de Cristo, de Nossa Senhora e dos Anjos e entrar em contato espiritual com eles.

O Ícone do Perpétuo Socorro (54 x 41,5 cm) pertence ao tipo das Madonas da Paixão e apresenta Maria com o Menino ladeado pelos Anjos com os instrumentos da Paixão, enquanto as mãos do Menino se agarram à mão da Mãe e do seu pé escapa a sandália, deixando ver a planta do pé.

As letras gregas que aparecem no Ícone indicam os nomes das quatro figuras: Jesus Cristo, a Mãe de Deus, o Arcanjo Gabriel (a direita) e Arcanjo Miguel (a esquerda).

O anônimo artista do Ícone do Perpétuo Socorro parece ter querido representar a angústia do Cristo, que contemplando a visão da futura Paixão, representada pelos símbolos que trazem os Anjos, perde a sandália por causa do movimento brusco.

Estes elementos da composição revelam a realidade do sofrimento e da paixão de Cristo.

Contudo, neste quadro evidencia-se também o triunfo de Cristo sobre o sofrimento e sobre a morte, como se pode perceber pelo fundo dourado (representação da Ressurreição) e do modo com o qual os Anjos seguram os instrumentos da Paixão.

De fato, mais que uma ameaça de destruição, estes aparecem como troféus de vitória, pegos no Calvário na manhã de Páscoa. Pode-se afirmar que o tema principal do ícone é o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

O ponto central do quadro está no encontro da mão de Maria com as mãos do Menino. A mão direita da Mãe acolhe o Filho, sublinhando assim a humanidade de Cristo.

Contudo, pode-se ver a realidade da Encarnação também no ato que o Menino faz de mostrar a planta do pé e no seu agarrar-se a Mãe, como a procurar o conforto de Maria.

A mão da Virgem, porém, ao mesmo tempo indica o próprio Filho de Deus, mostrando a divindade de Jesus. Maria, pois, é representada como hodighitria, aquela que nos guia ao Redentor, que é “Caminho, Verdade e Vida”.

Ela é nosso Socorro, aquela que intercede por nos diante de seu Filho que sacrificou a vida por nos sobre a Cruz no Calvário.

A estrela na fronte de Nossa Senhora faz notar o papel que teve no plano de nossa salvação: de ser a Mãe de Deus e Mãe da toda humanidade.

Contemplando o Ícone do Perpétuo Socorro, tão rico em elementos meditativos, podemos colher o sentido do Mistério de Cristo e aprofundar nosso relacionamento com Ele sob a guia da Mãe do Redentor.

DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DO PERPETUO SOCORRO

Segundo a tradição, ao confiar o ícone aos Redentoristas (1866), o Papa Pio IX expressou o desejo que a fizessem conhecida em todo o mundo.

Daquele momento até hoje, a devoção a N. Senhora do Perpétuo Socorro difundiu-se por todo o mundo. Milhares de cópias do quadro foram enviadas ao mundo e numerosos são os santuários onde se veneram as cópias do Ícone original de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, considerados miraculosos.

Entre os santuários mais importantes recordamos: Boston e Nova York (U.S.A). Haiti (onde Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é padroeira do país), Tequisquiapam (México), Belfast (Irlanda do Norte), Limerick (Irlanda), Bussolengo (Italia), Torun e Cracóvia (Polônia), Singapura, Belém, Curitiba, Manaus, Goiânia, Porto Alegre, Araraquara (Brasil), Porto (Portugal) e o maior em Manila (Filipinas).

A Novena Perpétua contribuiu muito para a difusão da devoção. Ela surgiu em 1927 em S. Luis (U.S.A.). A novena é conhecida com o nome de “perpétua” porque é celebrada num dia fixo de todas as semanas do ano.

Durante a recitação da Novena os fiéis apresentam a Nossa Senhora não somente as orações tradicionais (Súplica Romana), mas também suas cartas com súplicas e agradecimentos acompanhados das invocações da comunidade e de uma meditação sobre a vida espiritual.

Todo ano em junho, na preparação da festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, é celebrada a Novena Solene, nove dias de oração e reflexão sobre a vida cristã.

A CONGREÇÃO DO SANTÍSSIMO REDENTOR

A Congregação do Santíssimo Redentor foi fundada em Scala (Salerno) no ano de 1732 por S. Afonso Maria de Liguori (1696-1787), filho de patrícios napolitanos e homem de grande capacidade.

Afamado advogado de Nápoles, S. Afonso perdeu um único processo por causa de uma corrupção da justiça. Profundamente ferido pela injustiça humana, decidiu então deixar o tribunal e entrar para o seminário onde aos trinta anos foi ordenado sacerdote.

Guiado pelo desejo de seguir o Redentor e tendo descoberto o abandono espiritual e material em que viviam os pobres nas ruas de Nápoles e os pastores da região, fundou a Congregação redentorista, uma comunidade missionária dedicada à evangelização dos mais pobres e dos abandonados.

A pouco mais de dois séculos da fundação, a Congregação (com cerca de 5.800 membros), dotada de grande zelo apostólico, difundiu-se em todo o mundo pregando infatigavelmente a boa nova aos mais pobres e abandonados e anunciando “a redenção abundante”.

Entre os redentoristas que se salientaram por sua grande caridade apostólica, lembramos em particular: São Clemente Hoffbauer (1751-1820), Apóstolo de Varsóvia e de Viena; São Geraldo Majella (1726-1755), carismático irmão; Beato Januário Sarnelli (1702-1744), apóstolo dos pobres de Nápoles; São João Neumann (1811-1860), missionário, bispo de Filadélfia, o primeiro santo canonizado dos Estados Unidos; Beato Pedro Donders (1809-1866), missionário e apóstolo dos leprosos; Beato Gaspar Stanggassinger (1871-1899), educador dos jovens, e enfim dois brasileiros Pe. Pelágio Sauter (Goiás) e Pe. Vitor Coelho de Almeida (Aparecida) -SP, grandes missionários no Brasil.

IGREJA DE SANTO AFONSO

A igreja, um dos raros exemplos do estilo “neo-gótico” em Roma, eleva-se sobre a colina Esquilino entre as Basílicas S. Maria Maior e São João de Latrão. Consagrada ao Santíssimo Redentor, foi erguida em honra de Santo Afonso, fundador dos Redentoristas, por isso chamada Igreja de Santo Afonso.

Construída entre os anos de 1855 – 1859, conforme o projeto do arquiteto escocês George Wigley, no terreno de “Villa Caserta”, (que os redentoristas compraram dos Caetani), a igreja (54×41 m) foi consagrada pelo Cardeal Constantino em 1859.

A tradição conta que enquanto se escavava o terreno para colocar os alicerces, foi encontrada uma moeda veneziana de ouro com a imagem do Redentor e que tal acontecimento foi considerado como um bom sinal.

No exterior, o pórtico abre-se sobre três portas de arcos agudos. O tímpano da porta central traz um belíssimo quadro em mosaico colorido da Virgem do Perpétuo Socorro entre os Anjos, enquanto sobre os tímpanos das portas laterais estão esculpidos dois baixo-relevo de Antônio della Bitta: à esquerda, com o fundo de um mosaico dourado, está representado S. Afonso; à direita São Clemente Maria Hoffbauer (santo redentorista). No vértice do arco está colocada uma imagem do Redentor (abençoada em 1899), feita em mármore di Carrara.

Mais ao alto, abre-se uma magnífica rosácea com o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ladeada por duas pequenas janelas redondas. No alto sobressai uma cruz irlandesa restaurada em 1964.

Uma ampla escadaria (1932) permite o acesso ao interno da Igreja, que se abre em uma grande nave central e duas pequenas naves laterais colocadas sobre colunas revestidas de mármore colorido.

Uma observação atenta permite notar que Wigley não seguiu exatamente os cânones do gótico da Europa Norte, mas procurou realizar uma “interpretação modernizada”. A nave central, de fato, é separada das naves laterais por amplas arcadas transversais, típicos do neogótico do Sul da Itália.

Um rico espetáculo de mármores de bela policromia é oferecido pela nave central, enquanto as naves laterais subdivididas em pequenas capelas laterais têm seis altares menores de mármore (1932-39) dedicados (à direita) a Santa Teresa, São José e Sagrada Família, (à esquerda) altares dedicados a São Francisco, Imaculada Conceição S. Afonso.

Os confessionários, em estilo “gótico florido”, foram realizados nos primeiros anos deste século pelo redentorista Geraldo Uriati, fino marceneiro ebanista, sob o desenho de Gerardo Knockaert.

O vitral da rosácea e as janelas em vidro historiato (de proveniência francesa), que se abrem sobre as naves laterais, são obra do frei dominicano Marcellino Leforestier. Nos anos 1898-1900, dois redentoristas, o arquiteto belga Knockaert (1845 – 1928) e o pintor bávaro Maximiliano Schmalzl (1850-1930), dedicaram-se a embelezar a Igreja e aumentar seus espaços úteis.

Vêm deste período todas as pinturas que se vêem nas capelas laterais e sobre as arcadas da nave central (obra de Schmalzl), a galeria acrescentada sobre as naves laterais que se abre sobre a nave central com uma série de trifórios.

No fim da nave central, sobre o arco triunfal que delimita a área do presbitério, evidencia-se uma pintura dos inícios de 1900 feita por Eugênio Cisterna, trata-se da Coroação da Virgem entre os Anjos e Santos da Congregação com a inscrição latina que diz: “foi exaltada a Santa Mãe de Deus acima de todos os coros angélicos no Reino Celestial”.

Devemos também a Cisterna os “Apóstolos e os Santos”. pintados nos medalhões sobre as arcadas das naves laterais. No arco da ábside está colocada uma outra inscrição latina: “Redimiste-nos, Senhor com teu sangue e fizeste de nós um reino para nosso Deus”. No alto do coro, no centro está pintada uma grande cruz ladeada com os brasões de Paulo VI e do Cardeal Ritter.

O explendido mosaico da ábside, “O Redentor no trono entre a Virgem e São José ajoeIhados”, foi interinamente recriado em 1964, sobre um afresco de Rohden que existia antes.

Em 1995. enfim, foi efetuada a última restauração do ícone, do Perpétuo Socorro (original do século XIV) e sob a direção do Pe. Antônio Marazzo, foram terminados os trabalhos referentes ao altar-mor, o presbitério e a teca em vidro que guarda o famoso quadro de Nossa Senhora.

Fonte: Livro Holy Monastery Virgin Mary  – The Lady Kardiotissas. Editora: Metropolys Petra e Heronisss.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E O ÍCONE

O que o Aplicativo Genie de Inteligência Artificial revelou sobre o Ícone da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em seu período de estadia na Grécia

Panagia Glykophilousa

A história da icônica Panagia Kardiotissa remonta ao século VIII, na ilha de Creta, na Grécia. Segundo a tradição, um pastor local encontrou um ícone da Virgem Maria enquanto pastoreava suas ovelhas nas montanhas de Kroussonas.

Acredita-se que a imagem tenha sido pintada pelo evangelista Lucas, embora sua origem exata seja incerta.

O pastor levou a ícone para casa e, durante a noite, a imagem desapareceu misteriosamente, sendo encontrada na mesma região montanhosa.

Esse evento se repetiu diversas vezes, até que as autoridades eclesiásticas decidiram construir uma igreja no local onde a imagem era constantemente encontrada. Assim, a Igreja de Panagia Kardiotissa foi erguida, tornando-se um importante local de peregrinação.

O nome “Kardiotissa” deriva da palavra grega para “doce coração”, uma vez que a Virgem Maria é retratada no ícone com o Menino Jesus em seu colo, expressando um amor materno profundo e compassivo.

Ao longo dos séculos, a igreja foi renovada e expandida, tornando-se um centro espiritual significativo para os cretenses e para os cristãos ortodoxos em geral.

A Panagia Kardiotissa é considerada uma das mais importantes relíquias religiosas da ilha de Creta e atrai muitos fiéis que buscam a bênção e a proteção da Virgem Maria.

A história da Panagia Kardiotissa não se limita apenas à sua descoberta inicial. Ao longo dos séculos, a igreja e a imagem sagrada passaram por várias vicissitudes.

Durante o período bizantino, a igreja foi alvo de incursões e pilhagens por parte de invasores estrangeiros. No entanto, a imagem miraculosa da Panagia Kardiotissa foi sempre preservada e permaneceu um símbolo de fé e devoção para os cretenses.

No século XVII, a igreja foi reconstruída em estilo barroco e ganhou uma aparência mais elaborada e ornamentada. Nessa época, a devoção à Panagia Kardiotissa se difundiu ainda mais, e muitos peregrinos vinham de toda a ilha e até mesmo de outras partes da Grécia para venerar a imagem e buscar inspiração espiritual.

Durante a ocupação otomana de Creta, no século XVIII, a igreja foi fechada e a imagem foi escondida para protegê-la da perseguição religiosa.

No entanto, após a libertação da ilha, no final do século XIX, a igreja foi reaberta e a devoção à Panagia Kardiotissa foi restaurada com renovado fervor.

Hoje em dia, a igreja continua sendo um importante local de peregrinação e adoração para os cretenses e para os visitantes que vêm em busca de paz espiritual.

A imagem da Virgem Maria, conhecida como Panagia Kardiotissa, continua a ser reverenciada como um símbolo de amor materno, proteção e consolo para todos aqueles que buscam a sua intercessão.

A Igreja de Panagia Kardiotissa está localizada na região montanhosa de Kroussonas, na ilha de Creta, Grécia. Kroussonas fica na parte central de Creta, a cerca de 20 km a oeste da cidade de Heraklion, a capital da ilha.

 A igreja está situada em um ambiente pitoresco, cercada por montanhas e uma paisagem natural deslumbrante.

É um destino popular para peregrinos e turistas que desejam visitar este local sagrado e contemplar a icônica imagem da Panagia Kardiotissa.

A imagem da Panagia Kardiotissa não está relacionada ao ícone roubado que acabou sendo denominado como Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

A história da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro remonta ao século XV, quando um ícone da Virgem Maria com o Menino Jesus foi trazido para Roma, na Itália, vindo de Creta.

O ícone foi venerado em uma igreja em Roma, mas acabou sendo roubado e passou por várias mãos até ser redescoberto em um estado avançado de deterioração.

O ícone foi então restaurado e colocado em uma nova igreja, onde recebeu o nome de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Essa imagem específica, com suas características e símbolos distintos, é venerada em todo o mundo pelos católicos como um símbolo de proteção e auxílio divino.

Portanto, embora ambas as imagens sejam ícones sagrados da Virgem Maria, a Panagia Kardiotissa e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro são distintas em sua história e significado.

O ícone da Panagia Glykophilousa, ou “Virgem do Doce Beijo”, é uma representação icônica da Virgem Maria com o Menino Jesus. Essa imagem sagrada é caracterizada pela ternura e pelo amor materno demonstrado pela Virgem Maria enquanto ela inclina-se para beijar o Menino Jesus.

A Virgem Maria é retratada com um manto azul escuro, simbolizando sua divindade, e um véu vermelho, representando sua humanidade.

Ela é frequentemente representada com as mãos em posição de oração ou com uma mão apoiando o Menino Jesus em seu colo.

O Menino Jesus é representado com um manto vermelho, simbolizando sua humanidade, e frequentemente segura um rolo de pergaminho, simbolizando sua sabedoria divina desde a infância.

Essa representação icônica da Virgem Maria e do Menino Jesus é considerada uma das imagens mais amadas e veneradas na tradição cristã ortodoxa.

A devoção à Panagia Glykophilousa é marcada pela busca de consolo, proteção e intercessão da Virgem Maria, bem como pela contemplação do amor materno divino.

Ao longo dos séculos, várias cópias e reproduções desse ícone foram feitas e espalhadas em igrejas e lares em todo o mundo, tornando-se um símbolo de fé e devoção para muitos fiéis.

O ícone da Panagia Glykophilousa estava originalmente localizado em Creta, na Grécia. Acredita-se que tenha sido venerado em uma igreja específica na ilha antes de ser roubado. No entanto, não há registros precisos sobre o local exato em que o ícone estava localizado em Creta antes de ser levado para Roma.

A história do ícone da Panagia Glykophilousa ganhou destaque principalmente após o seu desaparecimento e posterior redescoberta em Roma.

Foi lá que o ícone restaurado foi colocado em uma nova igreja e recebeu o nome de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, tornando-se objeto de devoção e veneração pelos católicos em todo o mundo.

Não existem relatos específicos de milagres atribuídos ao ícone de Panagia Glykophilousa na Grécia.

Como mencionado anteriormente, o destaque da história desse ícone está mais associado ao seu desaparecimento em Creta e posterior recuperação em Roma, onde foi renomeado como Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

No entanto, é importante ressaltar que a devoção a ícones sagrados, como o da Virgem Maria, está profundamente enraizada na tradição cristã ortodoxa e católica.

Os fiéis acreditam que a veneração dessas imagens pode trazer bênçãos, consolo espiritual e até mesmo a ocorrência de milagres em suas vidas.

Ao longo dos séculos, muitos relatos de milagres e graças alcançadas por meio da intercessão da Virgem Maria e de ícones sagrados têm sido registrados na tradição religiosa.

Fonte: Aplicativo Genie de Inteligência Artificial.

 ORAÇÃO

Ó mãe do Perpétuo Socorro, nós vos suplicamos, com toda a força de nosso coração, amparar a cada um de nós em vosso colo materno, nos momentos de insegurança e sofrimento. Que o vosso olhar esteja sempre atento para não nos deixar cair em tentação. Que em vosso silêncio aprendamos a aquietar nosso coração e fazer a vontade do Pai.

Intercedei junto ao Pai pela paz no mundo e em nossas famílias. Abençoai todos os vossos filhos e filhas enfermos. Iluminai nossos governantes e representantes, para que sejam sempre servidores do povo de Deus.

Concedei-nos ainda muitas e santas vocações religiosas, sacerdotais e missionárias, para a maior difusão do reino de filho Jesus Cristo. Enfim, derramai nos corações de vossos filhos e filhas a Vossa Benção de amor e misericórdia.

Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-nossa-senhora-perpetuo-socorro/49/102/

THE VIRGIN KARDIOTISSA – THE MIRACLE ICON

It is the image of Mary cradling the Infant with her left arm, right above the heart, hence the name (kardia-heart) Kardiotissa.

The Holy Mother wears a dark blue, almost black overdress which has tints of gold. It covers the head and shoulders draping forward, leaving a triangular opening, from which is visible the tunic that is neck-high. It is made of bright red lacquer and it closes with a ribbon adorned with pearls.

The Holy Infant shines in his golden and terra cotta tunic, a golden-red cord and the overlaying tunic is in a sweet almond green with golden details Both faces have the restrained sorrow of the divine son, sadness and joy, in which the obvious concern of the baby Jesus is added who holds the Holy Mother’s right hand with both his hands.

The semantics of the future Passion of Christ is obvious. The Angels, who accompany the image, carry with their hands covered with their clothes the symbols of the Holy Passion, Archangel Gabriel has the Cross, the lance, and the reed and the sponge is held by Archangel Michael.

Christ has His right foot inverted with the sole towards the viewer and his sandal seems to be falling off, barely held in place by its thin golden cord. The overall composition of the painting establishes the image <<Virgin of the Passion,» a favorite theme of the Cretan icon painters.

The image of the Virgin Kardiotissas is according to tradition attributed to Saint Lazarus, a monk, painter and a Confessor, who lived in the 9th century, time of iconoclasm, during the reign of the iconoclast emperor Theophilus.

The Icon was renowned for its miracles in Crete. Information oln the Monastery of Kardiotissa and its miracle icon is given by Christoforo Buondelmonti, a monk from Florence, who visited Crete in 1415.

We walked through densely wooded rocky mountains until we reached the church of Kardi- otissa, who has many times been shown to the faithful through its miracles». 

Thus known for the miracles, it was stolen in 1498 by a Cretan wine merchant, who intended to sell it.

On the voyage to Rome though he suffered many misfortunes and he wandered from port to port, and when he finally arrived in Rome he felt ill and stayed at a friend’s house.

There he confessed to his friend shortly before his death, that he had stolen the Icon and pleaded him to take it to a church in case he passed away.

The Icon was kept in this house for a year, and throughout this year the Holy Mother frequently appeared to both the wife and the daughter of the family. It was transferred to the temple of St. Matthew on the 27th of March 1499, where the name Holy Mother of Perpetual Help was given to it, after a vision of the family’s daughter.

There it remained for 300 years, in the temple of St. Matthew until the destruction of the temple by the Napoleonic army, and on June 3d 1798 it was moved to the nearby Abbey of St. Eusebius.

In 1819 the Icon was moved again to the temple of Holy Mary in Posterula, where it lay almost forgotten in the private chapel of the Community until 1866, year that it was transferred with a litany to the temple of St. Alfonso.

In 1871 the monastic Order of the Holy Mother of Perpetual Help which today has 4.400 monks. In In 1927 it was established to have every Tuesday a Plea to the Holy Mother of Perpetual Help, and the official recognition of the Pleas was given on February 16th 1928 by Pope Pious the XI.

The 27th of June was established as a day for celebration of the Holy Mother of Perpetual Help; and: of June 1971 a nine day festival for a more glorious celebration was constituted.

As the first maintenance of the Icon took place during its transfer to St. Alfonso in 1866 and the last one in 1990.

The golden crowns of the Holy Mother and Child were added in an official ceremony on June 23d of 1867, today though in its present state in the temple of St. Alfonso they are removed.

Source: Holy Monastery of Virgin Mary Lady Kardiotissas – Metropolis of Petra and Heronissos, 2005.

MONASTERY OF KERA KARDIOTISSA

The Monastery of Kera Kardiotissa (Panaghia Kera) is located 50 km away from Heraklion, on Mt Dicte, en route to the Plateau of Lassithi, and is one of the most important places of worship in Crete.

Its annual celebration, on 8th September, is a top religious event in the area. The history of the monastery, the legends, and the traditions related to the miraculous icon of Theotokos attract large numbers of worshippers even in our days.

The monastery is old, but we do not know exactly when and by whom it was founded. The earliest reference appears in a text written by the Florentine monk Christoforo Buondelmonti in 1415.

He came upon the monastery of Our Lady Kardiotissa on his way from the Plateau of Lassithi down to the lowland area of today’s Heraklion prefecture and noted that Our Lady Kardiotissa had worked many miracles.

Therefore, the Monastery of Panaghia Kera was already a great center of worship in old times. Of special importance was the portable icon of Theotokos, which is no longer present in the church.

A wine merchant, fascinated by the legend accompanying the icon, stole it and transported it to Rome in 1498. The legend holds many details about the journey from Crete to Italy. It says that a storm arose and the wine merchant was forced to lighten his vessel by throwing his cargo into the sea to be saved. Upon arriving in Rome, he decided to deposit the icon in the church of the Apostle Matthew, where it remained until 1866, when it was transferred to the church of St. Alfonso on the Esquilino Hill.

Its reputation is still high in Italy today and has led to the founding of the monastic Order of Our Lady of Perpetual Succour, which at the beginning of the 20th century counted 4,000,000 monks worldwide.

The residents of the area of Kera believe that the old wonder-working icon of Theotokos is the one that is still on the iconostasis of the church.

They believe it was painted by St. Lazarus and say that the Turks made three attempts to take it away from the church. They stole it, took it to Constantinople, but it escaped and returned to Kera by itself. The third time, they decided to chain it to a marble pillar. However, the icon flew away at night, taking both the chain and the marble pillar with it.

The chain is today kept on the iconostasis of the church, and the inhabitants attribute miraculous properties to it. Even today, many worshippers put the chain around themselves to rid of sickness and pain.

The marble pillar is found in the courtyard of the monastery, and the nuns consider it a religious worship relic.

However, the same icon was once again stolen in our days. A gang of youths entered the church one night in 1982 and stole the icon.

Believers throughout Crete were upset by the news until a few days later it was found hidden on a nearby slope. They had failed to take it away and sell it…

The police transported it to Heraklion and handed it over to the Archdiocese. The event stirred the community.

Source: Byzantine Curches and Monasteries of Creta, Nikos Psilakis, Edit. Karmanor, pg 43.

A Virgem Kardiotissa, 1721 – Mão de Nikitas Sepi, o Cretense – Museu de Arte Cristã Santa Catarina de Sinai

Mais informações sobre o ícone no vídeo abaixo: