Os Reis Magos de Ravenna

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Os Reis Magos – Basílica de São Apolinário, Ravenna 

Assista o Documentário Agios Pavlos Monastery sobre os Presentes dos Reis Magos:

Assista os Documentários sobre as Relíquias dos reis magos e outros:

https://youtu.be/X_R6ajuXcfc?si=CsC15i4lVVLc_QZP

Os Magos eram seguidores de Zoroastro

Magos indicava os seguidores de Zoroastro espalhados por toda a Pérsia. Na época helenista, no entanto, esse título era atribuído também aos adivinhos e aos astrólogos, numerosos na Babilônia. Marco Polo, em Milione, cita a tradição que quer os Magos vindo do Irã setentrional, que então fazia parte do reino dos partas. 

O motivo de os Reis Magos, fabulosos príncipes vindos de longe para render homenagens ao menino milagroso, cujo nascimento fora anunciado por uma estrela, sempre atraiu o folclore e a devoção popular.

Capítulo 7. Os ascendentes dos três Reis Magos e a viagem destes a Belém 

Fonte: VIDA, PAIXÃO E GLORIFICAÇÃO DO CORDEIRO DE DEUS”:    As meditações de Anna Catharina Emmerich (1820-1823)

Um dos fatos mais maravilhosos da vida do Divino Salvador é a vinda dos três Reis Magos ao presépio. Surge a pergunta: Como foi possível que três homens de alta posição, com numerosa comitiva, vindos de terras longínquas, chegassem guiados por uma estrela ao presépio de Belém? 

Para explicação cita-se geralmente o trecho do livro Números 24, 17; 

“Uma estrela sai de Jacó, um cetro levanta-se de Israel, que esmagará os príncipes de Moab.” 

Certamente é este trecho de importância e sem dúvida o conheceram os pontífices dos judeus, melhor do que os chefes das tribos longínquas dos gentios. Contudo, não vieram aqueles ao presépio, mas estes últimos. 

Logo, não bastava só a estrela, para levá-los lá, faziam-se precisas outras previdências divinas, milagrosas. Quais foram estas, conta-nos a pobre camponesa de Flamske: 

“Os antepassados dos três Reis Magos descendiam de Jó, que outrora vivera no Cáucaso. Um discípulo de Balaão anunciara ali a profecia deste, de que apareceria uma estrela de Jató. 

Essa profecia achou larga aceitação. Construiu-se uma torre alta, numa montanha. Muitos sábios e astrônomos viveram ali alternadamente; tudo que notavam nos astros, escreviam e ensinavam a todos. 

Os chefes de uma tribo da terra de Jó, numa viagem ao Egito, na região de Heliopoli, receberam por um Anjo a revelação de que o Salvador nasceria de uma Virgem e seria adorado pelos seus descendentes. Eles mesmos deviam voltar e estudar os astros. Esses Magos começaram então a observar as estrelas. 

Diversas vezes, porém, caiu esse estudo em esquecimento, por causa de vários acontecimentos. Depois começou o abominável abuso de sacrificarem crianças, para que a criança prometida viesse mais depressa. 

Cerca de 500 anos antes do nascimento de Jesus, estava esse estudo dos astros também em decadência. 

Existia porém, a descendência daqueles chefes, constituída por três irmãos, que viviam separados, cada um com sua tribo. Tiveram três filhas, às quais Deus deu o dom de profecia, de modo que ao mesmo tempo percorreram o país e as três tribos, profetizando e ensinando sobre a estrela de Jacó. 

Então se renovou nessas três tribos o estudo das estrelas e renasceu o desejo da vinda do Menino prometido. Desses três irmãos descenderam os Reis Magos em linha direta, por 15 gerações, após 500 anos; mas, pela mistura com outras raças, eram de cores diferentes. 

Desde o princípio desses 500 anos, ficavam sempre alguns dos antepassados dos Reis num edifício comum, para estudarem os astros; conforme as diversas revelações que recebiam, mudavam certas coisas nos templos e no culto divino. 

Infelizmente continuou ainda entre eles, por muito tempo, o sacrifício de homens e crianças. Todas as épocas que se referiam à vinda do Messias, conheciam-nas em visões milagrosas, ao observar as estrelas. 

Desde a Conceição de Nossa Senhora, portanto há 15 anos, essas visões mostravam, cada vez mais distintamente, a vinda da criança. Por fim viram até muitas coisas que se referiam à paixão de Jesus. 

Podiam calcular bem o tempo da estrela de Jacó, que Balaão predis-sera. (Núm. 24, 17); pois viram a escada de Jacó e, segundo o número dos degraus e a sucessão das imagens que nestes apareciam, podiam calcular, como num calendário, a proximidade da Salvação; pois o cume da escada deixava ver a estrela ou a estrela era a última imagem dela. 

Viam a escada de Jacó como um tronco, que tinha três séries de escalões cravados em roda; nestes aparecia uma série de imagens, que viam também nas estrelas, no tempo da sua realização. 

Dessa maneira sabiam exatamente que a imagem havia de aparecer e conheciam, pelos intervalos, quanto tempo haviam de esperá-Ia. 

Lembro-me de ter visto, na noite do nascimento de Jesus, dois dos Reis na torre. O terceiro, que vivia a leste do Mar Cáspio, não estava com eles; viu, porém, a mesma visão, à mesma hora, na sua terra. 

A imagem que reconheceram, apareceu em diversas variações; não foi numa estrela que a viram, mas numa figura composta de um certo número de estrelas. 

Divisaram, porém, sobre a lua um arco-iris, sobre o qual estava sentada uma virgem; à esquerda desta, aparecia no arco uma videira, à direita um molho de espigas de trigo. 

Vi aparecer diante da Virgem a figura de um cálice ou, melhor, subir ou sair-lhe do esplendor; saindo desse cálice, apareceu uma criancinha e, sobre esta, um disco luminoso, como um ostensório vazio, do qual emanavam raios semelhantes a espigas. Tive nisso a impressão do SS. Sacramento. 

Do lado direito da criancinha, que subia do cálice, brotou um ramo, no qual desabrochou, como uma flor, uma igreja octogonal, que tinha um portão grande e duas portas laterais. 

A Virgem moveu com a mão o cálice, a criança e a hóstia para cima, colocando-as dentro da Igreja e a torre da Igreja levantou-se-Ihe por cima e tomou-se por fim uma cidade brilhante, assim como representamos a Jerusalém celeste. Vi nessa imagem muitas coisas, como procedendo e desenvolvendo-se umas das outras. 

Os Reis viram Belém como um belo palácio, como uma casa na qual se junta e se distribui muita bênção. 

Lá viram a Virgem SS., com o Menino, rodeada de muito esplendor e muitos reis se inclinarem diante dele, oferecendo-lhe sacrifícios. 

Tomaram tudo como realidade, pensando que o rei tinha nascido em tal esplendor e que todos os povos se lhe haviam submetido; por isso foram também lhe oferecer os seus dons. 

Havia um grande número de imagens naquela escada de Jacó. Vi-as todas aparecer nas estrelas, no 

tempo do seu cumprimento. Naquelas três noites, os três Reis Magos viram continuamente essas imagens. 

O mais nobre entre eles mandou então mensageiros aos outros e, quando viram a imagem dos reis que ofereceram presentes ao Rei recém-nascido, puseram-se também a caminho, com riquíssimas dádivas, para não serem os últimos. Todas as tribos dos astrônomos viram a estrela, mas s6 aqueles a seguiram. 

Alguns dias depois da partida dos reis, vi Theokenos, com o seu séquito, juntar-se aos grupos de Mensor e Sair; Theokenos não tinha estado antes com estes últimos. Cada um dos Reis tinha no séquito quatro parentes próximos da tribo, como companheiros. 

A tribo de Mensor era de cor agradável, pardacenta; a de Sair parda e a de Theokenos de cor amarela, brilhante. 

Mensor era Caldeu; depois da morte de Jesus, foi batizado por S. Tomé e recebeu o nome de Leandro. Sair teve o batismo de desejo; não vivia mais, quando Jesus foi à terra dos Reis Magos. 

Theokenos veio da Média e era o mais rico; foi batizado e chamado Leão por S. Tomé. 

Deram-se aos Reis Magos os nomes de Gaspar, Melchior e Baltasar, porque estes nomes lhes designam o caráter: Gaspar – Vai com amor. Melchior – Aproxima-se humildemente. Baltazar – Age prontamente, conformando a sua vontade com a de Deus. 

O caminho para Belém era de mais de 700 léguas: fizeram-no em 33 dias, viajando muitas vezes dia e noite. A estrela que os guiava, era como um globo brilhante. 

Um jorro de luz emanava dela sobre a terra. Vi finalmente chegarem os Reis à primeira vila judaica. Ficaram, porém, muito acabrunhados, porque ninguém sabia coisa alguma do Rei recém-nascido. 

Quanto mais se aproximavam de Jerusalém, tanto mais tristes ficavam, pois a estrela se tornava muito menos clara e brilhante e na Judéia a viram raras vezes. 

Quando pararam, fora de Jerusalém, desaparecera totalmente. 

Falaram da estrela e da criança recém-nascida, ninguém quis compreendê-Ios; por isso, tomaram-se ainda mais tristes, pensando que se tinham enganado”. 

Anna Catharina descreve ainda a admiração e sensação que a cara-vana dos Reis Magos causou na cidade; como Herodes, alta noite, mandou chamar Theokenos ao palácio e convidou os Reis a virem apresentar-se na manhã seguinte. 

Herodes enviou alguns criados a chama rem os sacerdotes e escribas, que se esforçaram por sossegá-Io. 

Ao nascer do dia, se apresentaram os Reis a Herodes e perguntaram-lhe onde estava o novo rei dos judeus, cuja estrela tinham visto e ao qual tinham vindo adorar. Herodes ficou muito inquieto, informou-se mais sobre a estrela e disse-Ihes que a profecia se referia a Belém Ephrata; aconselhou-os a irem silenciosamente a Belém e voltarem depois a informar-lhe, pois que também queria adorar o Menino. 

Vi sair de Jerusalém a caravana dos Reis. Vendo de novo a estrela, deram um grito de alegria. Ao cair da noite, chegaram a Belém; então desapareceu a estrela. 

Muito tempo ficaram diante das portas, duvidando e hesitando, até que viram uma luz brilhante, ao lado de Belém. Então tomaram o caminho para o vale da gruta, onde acamparam. 

No entanto, apareceu a estrela por cima do outeiro da gruta e uma torrente de luz caiu verticalmente sobre este. De repente se lhes encheram os corações de grande alegria, pois viram na estrela a figura luminosa da criança. 

Os três Reis Magos aproximaram-se da colina; abrindo a porta da gruta, Mensor viu-a cheia de luz celeste e a Virgem sentada lá dentro, com a criança, como a tinham visto nas visões. Anunciou-o aos outros dois. 

S. José saiu-Ihes ao encontro, cumprimentando-os e dando-Ihes as boas vindas. Então se prepararam para o ato solene que queriam fazer e seguiram S. José. 

Dois jovens estenderam primeiro um tapete de pano no chão, até a manjedoura. Mensor e os companheiros entraram, caíram de joelhos e Mensor colocou aos pés de Maria e José os presentes; com a cabeça inclinada e os braços cruzados, proferiu palavras comoventes de adoração. 

Depois tirou do bolso uma mão cheia de barras do tamanho de um dedo, grossas e pesadas com um brilho de ouro e pô-Ias ao lado da criança, nas vestes de Maria. Tendo se retirado, com os companheiros, entrou Sair com os seus, prostrando-se, com profunda humildade, com os dois joelhos por terra. 

Ofereceu com palavras tocantes os presentes, colocando diante do Menino Jesus uma graveta de incenso, feita de ouro puro, cheia de pequenos grãos esverdeados de incenso. 

Ficou muito tempo de joelhos, com grande devoção e amor. 

Depois dele se aproximou Theokenos, o mais velho. 

Ficando em pé, inclinou-se profundamente e apresentou um vaso de ouro cheio de uma erva verde; ofereceu mirra e ficou muito tempo diante do Menino Jesus, em profunda comoção. 

Os Reis Magos estavam encantados e repassados de amor e humilde adoração. Lágrimas de alegria caiam-lhes dos olhos; também Maria e José derramaram lágrimas de felicidade. 

Aceitaram tudo, humildes e gratos; finalmente dirigiu Maria e a cada um algumas palavras afáveis. 

Após os Reis, entraram também os criados, aproximando-se, cinco a cinco, do presépio; ajoelharam-se em roda do Menino e adoraram-no em silêncio; finalmente entraram também os pajens. 

Os Reis Magos voltaram mais uma vez ao presépio, vestidos de amplos mantos, trazendo turíbulos nas mãos; incensaram o Menino, Maria e José e toda a gruta, retirando-se depois, com profunda inclinação. 

Era esta a cerimônia de adoração entre aqueles povos. 

No outro dia visitaram os Reis mais uma vez o Menino e de noite vieram despedir-se. Mensor entrou primeiro. 

Maria pôs-lhe o Menino nos braços; ele chorou, radiante de alegria. Depois vieram também os outros. Maria deu-Ihes o seu véu de presente. 

Pela meia noite viram no sono a aparição de um Anjo, avisando-lhes que partissem imediatamente, não tomando o caminho de Jerusalém, mas o do Mar Morto. 

Com incrível rapidez desapareceram as tendas; e, enquanto os Reis Magos se despediam de S. José, já o séquito estava caminhando a toda a pressa, em três turmas, para leste, com rumo ao deserto de Engadi, ao longo do Mar Morto. 

Vi o Anjo com eles na campina, mostrando-lhes a direção do caminho; de súbito não se avistaram mais. 

O Anjo tinha avisado os Reis bem a tempo; pois a autoridade de Belém, não sei se por ordem de Herodes ou por próprio zelo, tinha a intenção de prender os Reis, que dormiam na estalagem, fechá-los, sob a sinagoga, onde havia adegas profundas e acusá-los perante o rei Herodes de desordens públicas. 

Mas de manhã, quando se soube da partida dos Magos, estes já estavam perto de Engaddi, e o vale onde haviam acampado estava quieto e deserto como dantes, nada restando do acampamento, fora algumas estacas de tendas e os rastos do capim pisado”. 

Em memória da visita dos três Reis Magos ao presépio é que se celebra, todos os anos, a festa de Reis. 

A Escritura Sagrada chama-os apenas os “Magos”, mas o povo deu-lhes, desde os primeiros tempos, o título de “Reis”, talvez induzido pela profecia de Davi: 

“Os reis de Tharsis e das ilhas oferecer-Lhe-ão dons; os reis da Arábia e de Sabá trar-Lhe-ão presentes”. (S. 71, 10). 

A festa de Reis é uma das mais antigas da Igreja cristã, mais antiga do que a de Natal. 

É prova de que esse acontecimento fez grande impressão aos amigos de Jesus. Em verdade era um fato maravilhosíssimo virem três príncipes do Oriente, com numeroso séquito, guiados por uma estrela, prestar adoração ao Menino Jesus no presépio, ao passo que Israel não conheceu o seu Senhor. 

Só Deus pode criar estrelas e sobretudo uma estrela que guia homens e pára por cima do presépio: é um milagre grandioso, que só Deus, o Senhor da natureza, pode operar. 

Foi, pois, esse acontecimento uma prova de que tinha chegado verdadeiramente o cumprimento dos tempos e de que Jesus era mais do que um homem comum. 

A vinda dessa caravana numerosa e estranha devia dirigir os olhares de todo o povo para Belém; tinha todo o cabimento a pergunta: Então chegou o tempo em que deve vir o Messias? 

Desse modo foram preparadas todas as almas que amavam a Deus, ao reconhecimento de Jesus como Messias; os infiéis, porém, tomaram-se mais culpados.

Capítulo 17. Resumo do terceiro ano da vida pública de Jesus 

Jesus comeu o cordeiro pascal, em casa de Lázaro; diariamente ia ao Templo, para ensinar; contou também a parábola do homem rico e do pobre Lázaro. 

Partindo depois da festa, Jesus viajou para o monte Tabor e, subindo ao monte com Pedro, João e Tiago o Maior, transfigurou-se diante deles. 

Ouviram a voz do Pai Celestial: “Eis O meu Filho muito amado, em quem pus toda minha afeição: ouvi-O.!” De volta, curou Jesus, ao pé do monte, um rapaz lunático e endemoninhado; depois se dirigiu a Cafarnaum e pregou dois dias diante de uma grande multidão de povo, sobre um monte, perto de Gabara, algumas léguas a oeste do lago; de lá tomou o caminho de Tiro, para embarcar e navegar pelo Mar Mediterrâneo, para a ilha de Chipre. 

Jesus desembarcou na cidade de Salamis, onde foi bem recebido: pregou e curou ali, assim como em outras vilas da ilha, na qual também celebrou a festa de Pentecostes. 

Tendo ali convertido ao todo 570 judeus e pagãos e voltou à Palestina. Desembarcou, com os companheiros, na baía do Monte Carmelo, encaminhou-se para Cafamaum, onde visitou sua Mãe; os Apóstolos, de volta da missão, relataram-lhe os trabalhos e receberam novas instruções. 

Depois tomou o caminho de além do Jordão a Betabara, perto da foz deste rio, no Mar Morto. Continuando a viagem, curou dez leprosos, mandando-Ihes que se apresentassem aos sacerdotes; só um voltou, para agradecer-lhe. 

Ao entrar em Jericó, viu Jesus a Zaqueu na figueira, foi à casa deste e converteu-o. 

Marta e Madalena enviaram mensagem, convidando-O a vir a Betânia, porque Lázaro estava muito doente. 

Perto de Jericó, Jesus ressuscitou uma menina, que estava morta, havia já quatro dias. 

Ao aproximar-se de Samaria, trouxeram-lhe a notícia da morte de Lázaro. Foi logo a Betânia: ao chegar, havia já oito dias justos que Lázaro morrera e quatro dias que fora sepultado. 

Jesus fez-se conduzir ao sepulcro, mandou tirar a pedra do túmulo e a tampa do caixão e exclamou: “Lázaro, vem para fora, sai.” 

No mesmo instante se levantou este, indo depois para casa, com o Senhor e aqueles que estavam presentes. 

A ressurreição de Lázaro excitou em Betânia, assim como em Jerusalém, um grande tumulto; por esse motivo fugiu Jesus, com Mateus e João, para além do Jordão, fazendo dali uma viagem à terra dos Reis Magos, acompanhado apenas por três jovens: o rei Sair já tinha falecido; Mensor, porém, e Theokenos estavam ainda vivos, esperando que Jesus os visitasse. 

Nessa viagem, Jesus pregou e curou muitos, na cidade de Kedar e ressuscitou também um homem rico dos arredores, de nome Nazor, proprietário de grandes rebanhos. 

Jesus foi recebido pelos Reis Magos, com grande alegria e solenidade. 

Ensinou-Ihes e ao povo, exortando-os a abandonarem a idolatria; o povo tirou logo todos os ídolos dos templos. Jesus disse também que o rei Sair recebeu o Batismo, de desejo. A despedida, Mensor chorou como uma criança. 

Passando pela Caldéia, Jesus operou diversos milagres e ensinou em várias vilas pagãs. 

Repreendeu severamente os habitantes por causa da idolatria, lembrando-Ihes que se Ihes tinham quebrado todos os ídolos na noite em que aparecera a estrela aos Reis Magos; assim, em verdade, acontecera. 

Jesus continuou o caminho, em marcha forçada, até o Egito, para visitar ali os lugares onde vivera a Sagrada Família. 

Ensinou também aos judeus dessas terras, revelou-se-Ihes como o Messias e falou-Ihes da sua morte próxima.

The Magi

Magi indicated the followers of Zoroaster spread throughout Persia. In Hellenistic times, however, this title was also attributed to diviners and astrologers, numerous in Babylon. 

Marco Polo, in Milione, cites the tradition that the Magi came from northern Iran, which was then part of the Parthian kingdom. 

The motif of the Magi, fabulous princes coming from far away to pay homage to the miraculous boy, whose birth was announced by a star, has always attracted folklore and popular devotion.

Os Presentes dos Reis Magos no Monastério de Agios Pavlos no Monte Athos 

Uma imagem contendo no interior, mesa, edifício, coberto

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Presentes dos reis magos a Jesus

O monastério conta também com uma das mais magníficas relíquias: os presentes dados pelos reis magos ao menino Jesus foram dados ao Monastério em 1470 de presente pela princesa sérvia Mara Brankovic, filha do benfeitor principal do Monastério Agios Pavlos que construiu várias igrejas deste, o rei sérvio George Brankovic. 

Mara, além das magníficas relíquias dos reis magos, presenteou o monastério com 1800 hectares de terras em Ceres, região próxima de Constantinopla.

Mara foi dada em casamento ao sultão otomano Murad II, e no fim de sua vida morando no campo, em Ceres, decidiu doar os presentes dos reis magos para o monastério, junto com várias outras relíquias, e os entregar pessoalmente, mesmo sabendo que era proibido, porém, estaria com um presente realmente precioso e poderia ser perdoada, assim ela pensou…

Os presentes dos reis magos estiveram até 440 em Jerusalém e depois foram para Constantinopla, e com a tomada desta pelos turcos em 1453, tais relíquias foram salvas pela princesa que presenteou o monastério.

Muitas relíquias desapareceram durante a queda de Constantinopla e uma delas são os presentes dos reis magos para o menino Jesus.

Conta a tradição monástica que no fim de sua vida, Mara decidiu entregar os presentes pessoalmente no Monastério, porém, a Virgem Maria apareceu para ela e a alertou para não o fazer, mesmo sendo esta uma transgressão com reverência, pois havia monges lá.

A rainha Mara parou imediatamente pois a Virgem a interrompeu de ir adiante e esta doou os presentes para o fundador do monastério com muita reverência, Agios Pavlos.

Os presentes consistem, como é conhecido, em ouro, incenso e mirra. 

O ouro tem a forma de 28 placas planas cuidadosamente ornamentadas em vários formatos (paralelogramos, trapézios, polígonos e.a.) com tamanho de 5×7 cm.

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Dado que o valor espiritual e material, histórico e arqueológico dos Santos Presentes dos reis magos é inestimável, eles são cuidadosamente guardados no tesouro do mosteiro. 

Por razões de segurança, são distribuídos em muitos relicários, e apenas uma parte deles é exposta para veneração aos peregrinos do mosteiro ou levada para fora do Monte Athos para bênção.

De acordo com o aplicativo Genie:

As relíquias supostamente presenteadas pelos Reis Magos ao Menino Jesus têm uma longa história de veneração e peregrinação, envolvidas em mistério e tradição. 

A tradição cristã sustenta que, após a crucificação de Jesus, as relíquias foram preservadas por comunidades cristãs primitivas. Ao longo dos séculos, várias relíquias foram transferidas entre comunidades cristãs, igrejas e mosteiros, muitas vezes como resultado de presentes, conquistas, ou para proteção contra invasores.

Especificamente sobre a chegada ao Mosteiro de São Paulo no Monte Athos, Grécia, a história é menos documentada e depende em grande parte da tradição oral e da história eclesiástica. 

O Monte Athos, um importante centro espiritual da Igreja Ortodoxa, tem sido um destino para peregrinos cristãos e um local de refúgio para relíquias sagradas por muitos séculos. 

As relíquias dos Reis Magos poderiam ter sido trazidas para lá como parte desses movimentos, seja por iniciativa de líderes religiosos buscando proteger as relíquias, ou como um gesto de devoção e oferta ao Mosteiro.

Vale ressaltar que a autenticidade e a proveniência de muitas relíquias antigas são frequentemente temas de debate entre historiadores e teólogos. 

Muitas vezes, a fé e a tradição desempenham um papel significativo na aceitação desses objetos como autênticos. 

No caso do Mosteiro de São Paulo no Monte Athos, e de outras relíquias dos Reis Magos, a tradição e a veneração dos fiéis são elementos centrais em sua história e importância religiosa.

Não há uma narrativa detalhada e amplamente aceita sobre como exatamente as relíquias dos Reis Magos chegaram ao Mosteiro de São Paulo no Monte Athos, na Grécia, ou se há relíquias específicas dos Reis Magos nesse local. 

Muitas relíquias têm histórias complexas de transmissão, muitas vezes envolvendo guerras, presentes entre igrejas ou mosteiros, e movimentos de peregrinação. 

No caso do Monte Athos, que é um centro espiritual significativo com uma longa história de abrigar relíquias, os objetos sagrados poderiam ter sido trazidos por monges, peregrinos, ou até mesmo doados por imperadores ou líderes eclesiásticos que desejavam depositar essas relíquias em um local de grande veneração e importância espiritual.

O Monte Athos, estabelecido no final do primeiro milênio, tem sido um destino para muitos cristãos ortodoxos ao longo dos séculos, tornando-o um local provável para o abrigo de importantes relíquias cristãs. 

Entretanto, é importante notar que a história específica de como algumas relíquias chegaram lá pode não ser totalmente documentada ou pode basear-se em tradições orais.

Além disso, muitas relíquias conhecidas dos Reis Magos, como os seus presentes ou restos mortais, foram historicamente associadas a outros locais na Europa, como a Catedral de Colônia, na Alemanha. 

Assim, a história de relíquias específicas dos Reis Magos no Mosteiro de São Paulo poderia ser parte de uma tradição particular desse mosteiro, sem muitos registros históricos detalhados disponíveis publicamente.

Pedaço da Cruz viva de Jesus Cristo e outras relíquias

Pedaço da Santa Cruz

O monastério Agios Pavlous conta com um grande pedaço da cruz viva de nosso Senhor, presente recebido do imperador bizantino Romanos Akadios pelas mãos de São Paul, fundador do monastério (Kitor).

O monastério possui um ícone que até hoje exala um perfume de mirra, este teria sido da rainha Theodora e escapou milagrosamente da fogueira. A rainha costumava escondê-los dos iconoclastas atrás de um grande espenho, por isto ele é conhecido como a Panagia do Espelho. 

Outras relíquias no monastério de Agios Pavlou são de São Jorge, de São João Chrisostomos e São Panteleimon.

Relíquias do Monastério: Pedaço da Cruz viva de Jesus Cristo e outras relíquias

O monastério Agios Pavlous conta com um grande pedaço da cruz viva de nosso Senhor, presente recebido do imperador bizantino Romanos Akadios pelas mãos de São Paul, fundador do monastério (Kitor).

Outras relíquias no monastério de Agios Pavlos são de São Jorge, de São João Chrisostomos, São Panteleimon.

Magi Gifts

The Gifts consist as known of gold, frankincense and myrrh. The gold is in the form of 28 sedulously ornate flat plates in various shapes (parallelograms, trapezoids, polygons e.a.) sized ca. 5×7 cm.

Because the spiritual as well as the material, historical and archaeological value of the Holy Gifts is invaluable, they are thoroughly kept in the treasury of the monastery. 

They are for security reasons distributed into many reliquaries, and only a part of them is exhibited for veneration to the pilgrims of the monastery or taken outside the Mount Athos for blessing.

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