Panagia Kardiotissa – Nikitas Sepi, o Cretense – Museu de Arte Cristã Santa Catarina de Sinai – 1721

Sobre a Obra

Panagia Kardiotissa – Nikitas Sepi, o Cretense – Museu de Arte Cristã Santa Catarina de Sinai – 1721

Ícone da Virgem Maria (Glykofilousa) – Mosteiro de Kardiotissa – (séc IX) – Kera Pediados Iraklion Kriti – Grécia

Detalhe de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – Flexor – São Paulo

Por conta da Virgem Maria segurar o Menino com o braço esquerdo, logo acima do coração, daí o nome (kardia-coração) Kardiotissa.

A História Grega do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Monastério de Panagia Kardiotissa em Creta

Portas do Monastério de Panagia Kardiotissa em Creta
A história da icônica Panagia Kardiotissa remonta ao século VIII, na ilha de Creta, na Grécia.

Segundo a tradição, um pastor local encontrou um ícone da Virgem Maria enquanto pastoreava suas ovelhas nas montanhas de Kroussonas.
Acredita-se que a imagem tenha sido pintada pelo evangelista Lucas, embora sua origem exata seja incerta.
O pastor levou a ícone para casa e, durante a noite, a imagem desapareceu misteriosamente, sendo encontrada na mesma região montanhosa.
Esse evento se repetiu diversas vezes, até que as autoridades eclesiásticas decidiram construir uma igreja no local onde a imagem era constantemente encontrada.
Assim, a Igreja de Panagia Kardiotissa foi erguida, tornando-se um importante local de peregrinação.
O nome “Kardiotissa” deriva da palavra grega para “doce coração”, uma vez que a Virgem Maria é retratada no ícone com o Menino Jesus em seu colo, expressando um amor materno profundo e compassivo.
Ao longo dos séculos, a igreja foi renovada e expandida, tornando-se um centro espiritual significativo para os cretenses e para os cristãos ortodoxos em geral.
A Panagia Kardiotissa é considerada uma das mais importantes relíquias religiosas da ilha de Creta e atrai muitos fiéis que buscam a bênção e a proteção da Virgem Maria.
A história da Panagia Kardiotissa não se limita apenas à sua descoberta inicial.
Ao longo dos séculos, a igreja e a imagem sagrada passaram por várias vicissitudes.
Durante o período bizantino, a igreja foi alvo de incursões e pilhagens por parte de invasores estrangeiros.
No entanto, a imagem miraculosa da Panagia Kardiotissa foi sempre preservada e permaneceu um símbolo de fé e devoção para os cretenses.
No século XVII, a igreja foi reconstruída em estilo barroco e ganhou uma aparência mais elaborada e ornamentada.
Nessa época, a devoção à Panagia Kardiotissa se difundiu ainda mais, e muitos peregrinos vinham de toda a ilha e até mesmo de outras partes da Grécia para venerar a imagem e buscar inspiração espiritual.
Durante a ocupação otomana de Creta, no século XVIII, a igreja foi fechada e a imagem foi escondida para protegê-la da perseguição religiosa.
No entanto, após a libertação da ilha, no final do século XIX, a igreja foi reaberta e a devoção à Panagia Kardiotissa foi restaurada com renovado fervor.
Hoje em dia, a igreja continua sendo um importante local de peregrinação e adoração para os cretenses e para os visitantes que vêm em busca de paz espiritual.
A imagem da Virgem Maria, conhecida como Panagia Kardiotissa, continua a ser reverenciada como um símbolo de amor materno, proteção e consolo para todos aqueles que buscam a sua intercessão.
A Igreja de Panagia Kardiotissa está localizada na região montanhosa de Kroussonas, na ilha de Creta, Grécia.
Kroussonas fica na parte central de Creta, a cerca de 20 km a oeste da cidade de Heraklion, a capital da ilha.
A igreja está situada em um ambiente pitoresco, cercada por montanhas e uma paisagem natural deslumbrante.
É um destino popular para peregrinos e turistas que desejam visitar este local sagrado e contemplar a icônica imagem da Panagia Kardiotissa.
A imagem da Panagia Kardiotissa Kera não está relacionada ao ícone roubado que acabou sendo denominado como Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
A história da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro remonta ao século XV, quando um ícone da Virgem Maria com o Menino Jesus foi trazido para Roma, na Itália, vindo de Creta.
O ícone foi venerado em uma igreja em Roma, mas acabou sendo roubado e passou por várias mãos até ser redescoberto em um estado avançado de deterioração.
O ícone foi então restaurado e colocado em uma nova igreja, onde recebeu o nome de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Essa imagem específica, com suas características e símbolos distintos, é venerada em todo o mundo pelos católicos como um símbolo de proteção e auxílio divino.
Portanto, embora ambas as imagens sejam ícones sagrados da Virgem Maria, a Panagia Kardiotissa Kera e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro são distintas em sua história e significado.
Porém, Panagia Kardiotissa era o nome do ícone Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Foi em homenagem à Madonna del Perpetuo Soccorso, como a Virgem era chamada (Virgem do Perpétuo Socorro), que centenas de igrejas foram fundadas, bem como a ordem monástica homônima que se espalhou pelo mundo.
Este ícone da Virgem, embora chamado Kardiotissa, pertence ao tipo da Virgem da Paixão, estabelecido no século XV pelos pintores cretenses da época, particularmente por Andreas Ritzos (1421-1492), que contribuiu particularmente para a difusão deste modelo.
A Virgem é representada em busto, segurando Cristo à esquerda, sentado com as pernas cruzadas e o pé direito para baixo, do qual pende sua sandália aberta.
Com ambas as mãos ele segura a mão direita de sua mãe, enquanto sua cabeça está voltada para a direita onde o arcanjo Gabriel aparece segurando a cruz, a coroa de espinhos e os pregos de seu futuro sacrifício.
À esquerda da Virgem está o arcanjo Miguel segurando um escudo e uma lança.
A cena tem um caráter puramente simbólico, pois anuncia a Paixão de Cristo e a dor da Virgem no momento da Crucificação.
O ícone da Panagia Glykophilousa, ou “Virgem do Doce Beijo”, é uma representação icônica da Virgem Maria com o Menino Jesus.
Essa imagem sagrada é caracterizada pela ternura e pelo amor materno demonstrado pela Virgem Maria enquanto ela inclina-se para beijar o Menino Jesus.
A Virgem Maria é retratada com um manto azul escuro, simbolizando sua divindade, e um véu vermelho, representando sua humanidade.
Ela é frequentemente representada com as mãos em posição de oração ou com uma mão apoiando o Menino Jesus em seu colo.
O Menino Jesus é representado com um manto vermelho, simbolizando sua humanidade, e frequentemente segura um rolo de pergaminho, simbolizando sua sabedoria divina desde a infância.
Essa representação icônica da Virgem Maria e do Menino Jesus é considerada uma das imagens mais amadas e veneradas na tradição cristã ortodoxa.
A devoção à Panagia Glykophilousa é marcada pela busca de consolo, proteção e intercessão da Virgem Maria, bem como pela contemplação do amor materno divino.
Ao longo dos séculos, várias cópias e reproduções desse ícone foram feitas e espalhadas em igrejas e lares em todo o mundo, tornando-se um símbolo de fé e devoção para muitos fiéis.
O ícone da Panagia Glykophilousa estava originalmente localizado em Creta, na Grécia. Acredita-se que tenha sido venerado em uma igreja específica na ilha antes de ser roubado.
No entanto, não há registros precisos sobre o local exato em que o ícone estava localizado em Creta antes de ser levado para Roma.
A história do ícone da Panagia Glykophilousa ganhou destaque principalmente após o seu desaparecimento e posterior redescoberta em Roma.
Foi lá que o ícone restaurado foi colocado em uma nova igreja e recebeu o nome de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, tornando-se objeto de devoção e veneração pelos católicos em todo o mundo.
Como mencionado anteriormente, o destaque da história desse ícone está mais associado ao seu desaparecimento em Creta e posterior recuperação em Roma, onde foi renomeado como Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
No entanto, é importante ressaltar que a devoção a ícones sagrados, como o da Virgem Maria, está profundamente enraizada na tradição cristã ortodoxa e católica.
Os fiéis acreditam que a veneração dessas imagens pode trazer bênçãos, consolo espiritual e até mesmo a ocorrência de milagres em suas vidas.
Ao longo dos séculos, muitos relatos de milagres e graças alcançadas por meio da intercessão da Virgem Maria e de ícones sagrados têm sido registrados na tradição religiosa.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um título que os cristãos deram a Maria em homenagem e agradecimento à sua atenção constante e perpétua para com a humanidade.

Perpétuo Socorro quer dizer socorro eterno, socorro sempre. Sempre que precisar. Socorro de Mãe. A mãe nunca esquece o filho, nunca abandona os filhos. Assim é o Perpétuo Socorro de Maria.

Um homem que ganhava a vida como comerciante roubou a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no século XV.

Sua intenção era vendê-la em Roma.

Durante a travessia do mar Mediterrâneo, uma violenta tempestade quase fez o navio naufragar.

Após chegar em Roma, ele adoeceu.

Arrependido, contou a um amigo sua história e pediu para que ele devolvesse o ícone a uma Igreja para ser venerado pelos fiéis.

A esposa desse amigo não quis devolvê-la, mas, após ficar viúva, Nossa Senhora apareceu a sua filha de seis anos e lhe disse para colocar o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em uma Igreja, ou na Igreja de São João Latrão ou na de Santa Maria Maior.

No dia 27 de março de 1499 o ícone foi entronizado na Igreja de São Mateus, ficando lá por mais de 300 anos.
Quando Roma foi invadida pelos franceses, no século XVIII, aconteceu algo muito triste: a Igreja de São Mateus foi destruída.
Com isso, os Agostinianos que guardavam a Obra, levaram-na para um lugar oculto.
Ali ela permaneceu esquecida, por 30 anos.
Mas um monge agostiniano que tinha muita devoção a Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, antes de morrer, contou a história da imagem e da devoção a um coroinha, que tempos depois se tornou padre Redentorista.
Passado um tempo os Redentoristas compraram uma área para fazer a sua Casa Mãe da congregação e o jovem padre ajudou a reencontrar o ícone.
No começo de 1866, o Papa Pio IX entregou a guarda da imagem aos Redentoristas.

Na ocasião, o papa fez a eles esta recomendação:

“Fazei com que todo o mundo conheça esta devoção.”

Fizeram então muitas cópias do ícone e a difundiram por todas as partes do mundo.

Depois desta missão recebida do papa, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro passou a ser oficialmente a Padroeira dos Redentoristas.

Sua festa é comemorada em 27 de junho.

Após a restauração da imagem, ela foi devolvida à Igreja de Santo Afonso.

Lá passou a ser venerada pelo povo.

O quadro, atualmente, em se tratando de ícone bizantino, é o mais venerado em todo o mundo.

Panagia Kardiotissa – O Ícone Grego de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

É a imagem da Virgem Maria segurando o Menino com o braço esquerdo, logo acima do coração, daí o nome (kardia-coração) Kardiotissa.

A Santa Mãe usa um vestido azul escuro, quase preto, com tons dourados. Cobre a cabeça e os ombros caindo para a frente, deixando uma abertura triangular, de onde é visível a túnica que vai até o pescoço.

É feito de laca vermelha brilhante e fecha com uma fita adornada com pérolas.

O Santo Infante brilha na sua túnica dourada e terracota, cordão vermelho-dourado e a túnica sobreposta é de verde amêndoa doce com detalhes dourados.

Ambas as faces têm a tristeza contida do divino filho, tristeza e alegria, às quais se acrescenta a evidente preocupação do menino Jesus que segura com ambas as mãos a mão direita da Santa Mãe.

A semântica da futura Paixão de Cristo é óbvia.

Os Anjos, que acompanham a imagem, carregam com as mãos cobertas com as vestes os símbolos da Santa Paixão, o Arcanjo Gabriel tem a Cruz, a lança, e a cana e a esponja é segurada pelo Arcanjo Miguel.

Cristo tem o pé direito invertido com a sola voltada para o observador e sua sandália parece cair, mal presa pelo fino cordão dourado.

A composição global da pintura estabelece a imagem “Virgem da Paixão”, um tema favorito dos pintores de ícones cretenses.

A imagem da Virgem Kardiotissa corresponde, segundo a tradição, atribuída a São Lázaro, monge, pintor e confessor, que viveu no século IX, época da iconoclastia, durante o reinado do imperador iconoclasta Teófilo.

O Ícone era conhecido pelos seus milagres em Creta.

Informações sobre o Mosteiro de Kardiotissa e seu ícone milagroso é relatado por Christoforo Buondelmonti, um monge de Florença, que visitou Creta em 1415.

“Caminhamos por montanhas rochosas densamente arborizadas até chegarmos à igreja de Kardiotissa, que muitas vezes foi mostrada aos fiéis através dos seus milagres” disse Christoforo.

Assim conhecida pelos milagres, foi roubada em 1498 por um comerciante de vinhos cretense, que pretendia vendê-la.

Na viagem para Roma, ele sofreu muitos infortúnios e vagou de porto em porto, e quando finalmente chegou a Roma, sentiu-se doente e ficou na casa de um amigo.

Lá ele confessou ao amigo, pouco antes de sua morte, que havia roubado o ícone e implorou-lhe que o levasse a uma igreja caso ele falecesse.

O Ícone foi guardado nesta casa durante um ano, e ao longo deste ano a Santa Mãe apareceu frequentemente tanto à esposa como à filha da família.

Foi transferida para o templo de São Mateus em 27 de março de 1499, onde lhe foi dado o nome de Santa Mãe do Perpétuo Socorro, após uma visão da filha da família.

Lá permaneceu por 300 anos, no templo de São Mateus, até a destruição do templo pelo exército napoleônico, e em 3 de junho de 1798 foi transferido para a vizinha Abadia de Santo Eusébio.

Em 1819 o Ícone foi novamente transferido para o templo de Maria Santíssima em Posterula, onde permaneceu quase esquecido na capela particular da Comunidade até 1866, ano em que foi transferido com uma ladainha para o templo de Santo Afonso.

Em 1871 surge a Ordem monástica da Santa Mãe do Perpétuo Socorro que hoje conta com 4.400 monges.

Em 1927 foi estabelecido que todas as terças-feiras dia um apelo à Santa Mãe do Perpétuo Socorro, e o reconhecimento oficial dos fundamentos foi dado em 16 de fevereiro de 1928 pelo Papa Pio XI.

O dia 27 de junho foi instituído como dia de celebração da Santa Mãe do Perpétuo Socorro; e em junho de 1971 foi constituído um festival de nove dias para uma celebração mais gloriosa.

A primeira manutenção do Ícone ocorreu durante sua transferência para Santo Afonso em 1866 e a última em 1990.
As coroas de ouro da Santa Mãe e do Menino foram acrescentadas em cerimônia oficial em 23 de junho de 1867, hoje embora em seu estado atual no templo de Santo Afonso eles são removidos.

Fonte: Holy Monastery of Virgin Mary Lady Kardiotissas – Metropolis of Petra and Heronissos. Karmanor, 2005.

ORAÇÃO
Ó mãe do Perpétuo Socorro, nós vos suplicamos, com toda a força de nosso coração, amparar a cada um de nós em vosso colo materno, nos momentos de insegurança e sofrimento.
Que o vosso olhar esteja sempre atento para não nos deixar cair em tentação. Que em vosso silêncio aprendamos a aquietar nosso coração e fazer a vontade do Pai.
Intercedei junto ao Pai pela paz no mundo e em nossas famílias. Abençoai todos os vossos filhos e filhas enfermos.
Iluminai nossos governantes e representantes, para que sejam sempre servidores do povo de Deus.
Concedei-nos ainda muitas e santas vocações religiosas, sacerdotais e missionárias, para a maior difusão do reino de filho Jesus Cristo.
Enfim, derramai nos corações de vossos filhos e filhas a Vossa Benção de amor e misericórdia.
Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-nossa-senhora-perpetuo-socorro/49/102/

THE VIRGIN KARDIOTISSA – POEM

On a high mountain, in a cool canyon, Virgin Immaculate,

Virgin Kardiotissa, you greet me sweetly,

Bushy maples, myrth, wickers, and the Twelve Celebrations

Divinely narrated verses of a Prosomio of a pure soul

In times of old, in the storms of slavery, Holy Mother Allglorious.

Holy Mother Kardiotissa, the corsairs came and stole thy Venerable image, and in foreign land were you were chained.

You crushed thy bonds, and came again

to your seacrested cretan home. Miracle!

N.V. Typaldos.

Source: Byzantine Curches and Monasteries of Creta, Nikos Psilakis, Edit. Karmanor, pg 43.

THE VIRGIN KARDIOTISSA – THE MIRACLE ICON
It is the image of Mary cradling the Infant with her left arm, right above the heart, hence the name (kardia-heart) Kardiotissa.
The Holy Mother wears a dark blue, almost black overdress which has tints of gold. It covers the head and shoulders draping forward, leaving a triangular opening, from which is visible the tunic that is neck-high.
It is made of bright red lacquer and it closes with a ribbon adorned with pearls.
The semantics of the future Passion of Christ is obvious.
The Angels, who accompany the image, carry with their hands covered with their clothes the symbols of the Holy Passion, Archangel Gabriel has the Cross, the lance, and the reed and the sponge is held by Archangel Michael.
Christ has His right foot inverted with the sole towards the viewer and his sandal seems to be falling off, barely held in place by its thin golden cord. The overall composition of the painting establishes the image “Virgin of the Passion”, a favorite theme of the Cretan icon painters.
The image of the Virgin Kardiotissas is according to tradition attributed to Saint Lazarus, a monk, painter and a Confessor, who lived in the 9th century, time of iconoclasm, during the reign of the iconoclast emperor Theophilus.
The Icon was renowned for its miracles in Crete. Information oln the Monastery of Kardiotissa and its miracle icon is given by Christoforo Buondelmonti, a monk from Florence, who visited Crete in 1415.
We walked through densely wooded rocky mountains until we reached the church of Kardi- otissa, who has many times been shown to the faithful through its miracles».
Thus known for the miracles, it was stolen in 1498 by a Cretan wine merchant, who intended to sell it.
On the voyage to Rome though he suffered many misfortunes and he wandered from port to port, and when he finally arrived in Rome he felt ill and stayed at a friend’s house.
There he confessed to his friend shortly before his death, that he had stolen the Icon and pleaded him to take it to a church in case he passed away.
The Icon was kept in this house for a year, and throughout this year the Holy Mother frequently appeared to both the wife and the daughter of the family. It was transferred to the temple of St. Matthew on the 27th of March 1499, where the name Holy Mother of Perpetual Help was given to it, after a vision of the family’s daughter.
There it remained for 300 years, in the temple of St. Matthew until the destruction of the temple by the Napoleonic army, and on June 3d 1798 it was moved to the nearby Abbey of St. Eusebius.
In 1819 the Icon was moved again to the temple of Holy Mary in Posterula, where it lay almost forgotten in the private chapel of the Community until 1866, year that it was transferred with a litany to the temple of St. Alfonso.
In 1871 the monastic Order of the Holy Mother of Perpetual Help which today has 4.400 monks. In In 1927 it was established to have every Tuesday a Plea to the Holy Mother of Perpetual Help, and the official recognition of the Pleas was given on February 16th 1928 by Pope Pious the XI.
The 27th of June was established as a day for celebration of the Holy Mother of Perpetual Help; and: of June 1971 a nine day festival for a more glorious celebration was constituted.
As the first maintenance of the Icon took place during its transfer to St. Alfonso in 1866 and the last one in 1990.
The golden crowns of the Holy Mother and Child were added in an official ceremony on June 23d of 1867, today though in its present state in the temple of St. Alfonso they are removed.
Source: Holy Monastery of Virgin Mary Lady Kardiotissas – Metropolis of Petra and Heronissos, 2005.

MONASTERY OF KERA KARDIOTISSA
The Monastery of Kera Kardiotissa (Panaghia Kera) is located 50 km away from Heraklion, on Mt Dicte, en route to the Plateau of Lassithi, and is one of the most important places of worship in Crete.
Its annual celebration, on 8th September, is a top religious event in the area. The history of the monastery, the legends, and the traditions related to the miraculous icon of Theotokos attract large numbers of worshippers even in our days.
The monastery is old, but we do not know exactly when and by whom it was founded. The earliest reference appears in a text written by the Florentine monk Christoforo Buondelmonti in 1415.
He came upon the monastery of Our Lady Kardiotissa on his way from the Plateau of Lassithi down to the lowland area of today’s Heraklion prefecture and noted that Our Lady Kardiotissa had worked many miracles.
Therefore, the Monastery of Panaghia Kera was already a great center of worship in old times. Of special importance was the portable icon of Theotokos, which is no longer present in the church.
A wine merchant, fascinated by the legend accompanying the icon, stole it and transported it to Rome in 1498. The legend holds many details about the journey from Crete to Italy.
It says that a storm arose and the wine merchant was forced to lighten his vessel by throwing his cargo into the sea to be saved. Upon arriving in Rome, he decided to deposit the icon in the church of the Apostle Matthew, where it remained until 1866, when it was transferred to the church of St. Alfonso on the Esquilino Hill.
Its reputation is still high in Italy today and has led to the founding of the monastic Order of Our Lady of Perpetual Succour, which at the beginning of the 20th century counted 4,000,000 monks worldwide.
The residents of the area of Kera believe that the old wonder-working icon of Theotokos is the one that is still on the iconostasis of the church.
They believe it was painted by St. Lazarus and say that the Turks made three attempts to take it away from the church. They stole it, took it to Constantinople, but it escaped and returned to Kera by itself.
The third time, they decided to chain it to a marble pillar. However, the icon flew away at night, taking both the chain and the marble pillar with it.
The chain is today kept on the iconostasis of the church, and the inhabitants attribute miraculous properties to it. Even today, many worshippers put the chain around themselves to rid of sickness and pain.
The marble pillar is found in the courtyard of the monastery, and the nuns consider it a religious worship relic.
However, the same icon was once again stolen in our days. A gang of youths entered the church one night in 1982 and stole the icon.
Believers throughout Crete were upset by the news until a few days later it was found hidden on a nearby slope. They had failed to take it away and sell it…
The police transported it to Heraklion and handed it over to the Archdiocese. The event stirred the community.
Source: Byzantine Curches and Monasteries of Creta, Nikos Psilakis, Edit. Karmanor, pg 43.

Theotokos Glykofilousa (Sweet Kissing)
“At the left iconostasis of the church is located the miraculous holy icon of the Theotokos Sweet-kissing (“Glycophilousa”), which is well known to the entire Orthodox Christianity for the sweetness of the Theotokos’s figure.
According to the holy tradition, during the period of Iconoclasm in the Byzantine Empire, pious Victoria, wife of the patrician Simeon, threw the icon into the sea to save it from destruction.
The icon sailed the straits of Dardanelles and reached the east coast of Mount Athos, where it was found by the abbot of Philotheou monastery.
Among the miracles attributed to the holy icon was that of the rescue of a ship with pilgrims, which risked sinking in 1817 out of the Coast of Imbros Island during a dreadful storm.
That time, the Theotokos appeared and holding the rudder herself she led the ship and the pilgrims to a safe port. The icon is celebrated triumphantly on the Sunday of St. Thomas.”

Fonte: Livro Panagia Theotokos a ser lançado em 2026.


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