Santa Marina, Museu Bizantino de Athenas

Sobre a Obra

Santa Marina, Museu Bizantino de Atenas

Santa Marina – Origens

Marina nasceu no Líbano, no século VI. Seu pai se chamava Eugênio e era um
cristão fervoroso. Sua mãe faleceu quando Marina ainda era criança. Filha
única, seu pai a educou na fé cristã. Os dois desenvolveram uma profunda
ligação.

Mudança de planos

Certo dia, quando Marina já era jovem e podia cuidar de si, seu pai lhe
falou do grande desejo que ele tinha de se tornar um monge. E, para isso,
ele iria abrir mão de todos os seus bens e doá-los aos pobres. Tal decisão,
porém, deixou Marina inconsolável, pois teria de se afastar definitivamente
de seu pai que tanto amava, uma vez que, no mosteiro, mulheres não podem
entrar.

Vestindo-se de homem

Vendo que seu pai estava irredutível e procurando uma maneira de permanecer
perto do pai, Marina propôs ingressar também no mosteiro, porém, vestida
como homem. Eugênio aceitou feliz a resolução da filha. Vendeu todos os
bens que possuía e doou para os pobres. Marina cortou seus cabelos,
disfarçou-se de homem jovem cujo nome passou a ser “Marino”. Ela prometeu
ao pai guardar sua virgindade e oferecê-la a Deus na vida religiosa. Assim,
os dois ingressaram no mosteiro.

A vida monástica

Eugênio e “o jovem Marino” passaram a viver a vida monástica. “Marino”
encontrou-se e fazia progressos na virtude e na vida de oração. Os monges
nunca desconfiaram que “Marino” fosse mulher. Porém, estranhavam sua voz, a
delicadeza (que ela procurava disfarçar) e as características masculinas
que ela não tinha, como barba, corpo forte, etc. Eles atribuíam essas
diferenças à rigorosa e austera vida religiosa que ela praticava, com
jejuns e sacrifícios constantes.

Mudança dramática

Aconteceu que, pouco tempo depois, Eugênio veio a falecer. “Marino”, porém,
decidiu continuar vivendo no mosteiro, continuando com suas práticas de
oração, jejuns, sacrifícios e caridade. Todos o admiravam como “monge”.

Havia uma regra no mosteiro segundo a qual uma vez por mês, quatro monges
saiam para pedir esmolas e angariar fundos para a sobrevivência do mosteiro
e de alguns eremitas que viviam isolados na região. Então, chegou a vez de
“Marino” e outros três monges parirem para cumprirem esta missão. Aí
começou outra grande mudança em sua vida.

Calúnia

No meio do caminho que eles tinham que percorrer, tinha hospedaria onde os
monges costumavam ficar. Marino e os outros passaram lá uma noite e
seguiram viagem. O dono da hospedaria tinha uma filha que tinha sido
engravidada por um soldado. Este, não querendo assumir o filho, convenceu a
moça a acusar “Marino”, o belo monge que tinha passado uma noite na
hospedaria tempos atrás. O pai da moça, ao saber do fato, contou ao abade
do mosteiro.

Sofrimento

“Marino” não se defendeu, mesmo sendo inocente. Ao contrário, preferiu
calar-se, pois tinha prometido a seu pai nunca revelar que era mulher. Por
isso, o abade o expulsou do mosteiro. A criança, depois de nascida, foi
entregue a “ele” para que cuidasse dela. Pelo tempo de três anos “Marino”
cuidou do bebê, criou-o e viveu às portas do mosteiro, implorando a Deus a
misericórdia e vivendo da caridade dos outros.

De volta ao mosteiro e morte

Vendo o sofrimento e a retidão de “Marino”, o abade admitiu-o novamente
como monge no mosteiro e devolveu a criança para sua mãe. Porém, impôs a
“Marino” os serviços mais pesados e humilhantes como forma de penitência
pelo suposto “pecado” que ele cometera. Por causa do serviço pesado, das
dificuldades e dos jejuns que ele praticara, já muito fraco, ele veio a
falecer.

A revelação

Quando os monges foram preparar o corpo para o sepultamento descobriram,
por fim, que “Marino” era mulher. Consequentemente, inocente. Choraram e se
arrependeram por terem tratado injustamente a uma pessoa inocente. O corpo
de Santa marino foi sepultado no próprio mosteiro, com hinos e salmos de
louvor a Deus, agradecendo pela pureza e santidade da santa.

Milagres

Foram relatados vários milagres por intercessão de Santa Marina. No ano
1230 seus restos mortais foram trasladados para Veneza, onde são venerados
até os dias de hoje na igreja Santa Marina Formosa. Santa Marina passou a
ser invocada como poderosa intercessora nas grandes provações, nas doenças
e nas calúnias.

Oração a Santa Marina


“Ó adorável e humilde Santa Marina, que abdicaste do conforto e te
entregaste à humilhação pública por obediência ao projeto de Deus,
rogo-te que mostres a mim o melhor caminho a seguir, para o serviço ao
próximo e a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ajuda-me a ser sempre
humilde e benevolente, como fostes tu. Afasta da minha vida a
arrogância e o sentimento de superioridade que nos afastam do amor de
Cristo.


Intercede por mim junto ao pai, para que eu alcance a graça que
fervorosamente desejo (fazer o pedido). Prometo que continuarei no
caminho da fé e da humildade, não me esquecendo de ti e mantendo minha
devoção nos tempos de bonança. Além disso, prometo levar tal devoção
por toda a minha vida, permanecendo no projeto de Deus e na caridade
para com os mais necessitados. Amém”

Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave-Maria, 1 Creio, 1 Salve Rainha, 1 Oração ao
Espírito Santo e 1 Glória ao Pai

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